Uma das espécies de peixe mais ameaçadas de extinção, o Pristis pristis, conhecido como peixe-serra, foi capturado por um grupo de pescadores nesta última sexta-feira (5), embaixo da ponte Bandeira Tribuzzi, na Camboa. O animal é apontado como um dos que podem entrar em extinção devido à atividade pesqueira.
A oceanógrafa Rafaela Maria Serra Brito, explica os motivos para a espécie está ameaçada. “As populações de espadarte estão em declínio em todo o planeta, ao serem amplamente suscetíveis às pressões causadas pela pesca artesanal e devido às suas limitantes características reprodutivas, configurando a família Pristidae como uma das mais ameaçadas entre todos desta classe,” afirma.
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A captura do peixe com objetivo de comercialização é um dos diversos fatores para o risco de extinção, “Infelizmente partes do animal são vendidas em um comércio ilegal, como as barbatanas e a catana (a expansão da cabeça que possui os dentes. A captura não intencional, ou ainda quando é intencional para venda dos subprodutos, e a destruição dos habitats pela poluição e construções são os principais fatores para o risco de extinção dessa espécie,” esclarece.
O fato dos pescadores da região da Camboa, São Luís, terem capturado ele é considerado um crime ambiental e o recomendado é soltar, “o ideal é sempre soltar o animal, é crime pois ele está na lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção”, pontua.
O pristis pristis ou peixe-serra, apresenta características como, focinho alongados e estreitos com dentes pontiagudos, apenas duas espécies são registradas no Brasil.
O Maranhão reúne a maior quantidade de espadartes de todo o país, mas apesar dessa área de proteção, a ação do homem está modificando o ambiente dos peixes.
“Esta família possui cinco espécies, porém apenas duas delas, Pristis pectinata e P. pristis, são registradas no Brasil. A Área de Proteção Ambiental Baixada Maranhense, ou o Sítio Ramsar Baixada Maranhense, representa um dos ambientes prioritários para a conservação, além de reunir parte da população dos espadartes no Brasil. Entretanto, nos últimos 40 anos vem passando por um severo processo de modificação ambiental, onde as mudanças de paisagens são evidentemente notadas pela aceleração das ações antrópicas,” conclui Rafaela.
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