A Polícia Federal no Maranhão realizou nesta terça-feira (9) e quarta-feira (10) uma operação visando combater madeireiras ilegais. As ações ocorreram nos municípios de Buriticupu e Bom Jesus das Selvas, a 415 e 471 km de distância da capital São Luís, respectivamente. Ao todo, 12 motores de serrarias foram inutilizados, além de um caminhão que carregava madeira cerrada.
A ação é parte das estratégias de proteção contra a extração ilegal de madeira de terras indígenas, especialmente na Terra Indígena Araribóia, a maior da região. Por esse motivo, a operação recebeu o nome de Araribóia Livre e já está em sua sexta etapa. Entre as madeiras extraídas ilegalmente estavam o Pau d’Arco (Ipê), Maçaranduba, Jatobá e Pequizeiros.
A madeira apreendida foi enviada à Secretaria de Administração Penitenciária do Maranhão (SEAP), que ficará com a guarda do material até a definição de um destino. Uma possibilidade é que parte da madeira seja utilizada nos trabalhos de remissão de pena dos presos.
Além das máquinas e do material apreendido, a operação verificou que os trabalhadores das madeireiras, que não possuíam documentações trabalhistas, estavam em condições degradantes. Foi constatado que não havia alojamento adequado nem acesso à higiene e equipamentos de segurança apropriados.
Os proprietários das madeireiras já foram identificados e podem responder por outros crimes além da extração ilegal de madeira, como o de redução à condição análoga à de escravo, furto de energia e receptação qualificada, todos do Código Penal. O crime de extração ilegal de madeira tem pena prevista em até 4 anos, segundo o art.50-A da Lei de Crimes Ambientais.
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