Quase metade da população maranhense ainda usa fossa rudimentar ou buraco como forma de esgotamento sanitário. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 984.598 mil domicílios nessa situação (48,3%), com uma população de 3.264.969 pessoas.
O município de Governador Luiz Rocha tem a população que mais utiliza fossas rudimentares ou buracos, cerca de 94,38%. O esgotamento sanitário é definido como sendo um conjunto de instalações, obras, serviço de coleta, transporte e tratamento de esgoto para a comunidade.
Para tecnologista do IBGE, José Reinaldo Barros, os dados comprovam um grande desafio que precisa ser enfrentado e que para avançar, é necessário fazer a substituição das fossas rudimentares por cépticas ou de filtro.
“Um percentual alto da população ainda utiliza como forma de esgotamento sanitário fossas rudimentares ou buracos para dejeções. É preciso ter uma substituição por fossas cépticas ou de filtro, considerado pelo plano nacional de saneamento como sendo adequado, mesmo que não sejam ligadas a uma rede coletora de esgotamento. É preciso avançar”, afirmou tecnologista.
O Censo de 2022 também abordou dados referentes ao tipo de domicílios particulares permanentes, a forma de abastecimento de água, existência de canalização da mesma, banheiros, sanitários e o destino do lixo.
No primeiro quesito, o Maranhão apresentou que grande parte de sua população mora em domicílio do tipo “Casa”, representando 95,1%, 3,1% em “apartamento” e 1,5% do tipo “Casa de vila ou em condomínio”.
Com relação ao abastecimento de água, 65,3% dos domicílios é feito pela rede geral de distribuição, seguido por “Poço Artesiano” como forma de abastecimento (22,4%), “Poço raso, freático ou cacimba” (9%) e “Carro pipa” com 0,8%.
No entanto, a situação piora quando se trata da canalização da água, ou seja, sobre de que maneira ela chega até nos domicílios. Segundo o Censo de 2022, o Maranhão apresentou a segunda menor proporção de pessoas atendidas por canalização interna com 80,7%, ficando atrás somente do estado do Acre com 80,5.
No que diz respeito a existência de banheiros e sanitários, em mais uma oportunidade, o estado do Maranhão ficou na penúltima colocação com 85,69% das pessoas que tinham banheiro exclusivo dentro do domicílio, ou seja, que não é compartilhado com moradores que não moram no mesmo local.
No mesmo dado, constatou-se que 3,8% da população maranhense não tinham banheiro e nem sanitário. O município de Cachoeira Grande, no Maranhão, possui o pior índice com 44,8% de sua população utilizando sanitário ou buraco.
Por último, com relação ao destino do lixo, o estado apresentou uma ampliação da proporção da população atendida pela Coleta de Lixo entre 2010 e 2022, saindo de 53,5% para 69,8%.