Maranhão está entre os estados que mais geram energia alternativa

O Maranhão está entre os 20 estados brasileiros mais promissores na geração de energia alternativa. O estado tem investido em fontes renováveis como solar, eólica, biomassa e maremotriz, o que favoreceu a posição.

Entre os pilares da matriz energética maranhense, destaca-se a biomassa. Projetos de pesquisa, voltados para esse tipo de energia, estão em desenvolvimento, com destaque para a Suzano Papéis e Celulose, que opera no município de Imperatriz. Esta forma de energia, obtida a partir de resíduos agroflorestais, tanto contribui para a autossuficiência energética do estado, como minimiza impactos ambientais.

Para Cristiano Brito dos Santos, de 35 anos, diretor administrativo da Etérmica, empresa maranhense voltada ao ramo de energias renováveis, a localização geográfica do estado favorece o uso dessas energias, mas a região ainda está longe de atingir todo o potencial de expansão.

“Estamos a dois graus da linha do Equador e temos uma incidência solar muito forte, mas a potência instalada aqui no Maranhão ainda está longe de alcançar o seu potencial energético. Apesar de termos um dos maiores índices de crescimento na instalação fotovoltaica, ainda podemos aumentar, acredito, que mais de 300% da nossa potência instalada no Maranhão”.

Já a energia maremotriz, gerada pelo movimento das marés, tem sido outra aposta do Maranhão. Estudos realizados nas décadas anteriores identificaram o litoral maranhense como uma área de grande potencial. Áreas como a Baía de Turiaçu e o Estuário do Bacanga são apontadas como altamente propícias para essa exploração.

Segundo o Governo do Estado, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desenvolve pesquisas e projetos piloto nesta área, reforçando a região como um centro de inovação em energia renovável.

Além dessas duas energias, diversos projetos estão sendo desenvolvidos pela Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (SEINC) com foco em energia solar. A ideia é fazer uso dos altos índices de irradiação solar no estado para gerar energia e atender pequenas agriculturas, beneficiando a zona rural.

Também é considerado significativo o potencial eólico do Maranhão, especialmente em Paulino Neves, onde parques eólicos com capacidade inicial de 220 MW estão em fase de implantação. A regularidade dos ventos alísios na região equatorial favorece a expansão deste tipo de energia, com novos projetos previstos para municípios como Barreirinhas, Água Doce e Tutóia.

O Maranhão possui ainda uma matriz energética diversificada, com usinas térmicas utilizando gás natural, óleo combustível, carvão mineral e biomassa, além de uma usina hidráulica com capacidade de 1.092 MW. Em teoria, essa diversificação garante a segurança energética do estado.

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