Com 6.726 casos de arboviroses registrados em 2023, no Maranhão, o Departamento de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde emitiu alerta para introdução da Dengue tipo 3 no estado, principalmente pelo próprio fluxo migratório que existe de pessoas entre essas regiões.

Entre os sintomas de alerta da nova variante, estão: febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor abdominal, vômito persistente, acompanhados também de sangramento na gengiva, no nariz ou na urina.

A apreensão é por causa dos dados divulgados no boletim epidemiológico da Semana Epidemiológica 46 (terminada em 18 de novembro), divulgado nesta quarta-feira (29), que aponta 4.024 casos confirmados de dengue, 2.604 casos de Chikungunya e 98 para a doença aguda pelo vírus Zika.

“De janeiro até o momento, realizamos mais de 20 mil exames para as arboviroses. Neste momento, pretendemos intensificar a nossa rede de monitoramento”, afirmou Monique Maia, chefe de Departamento de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado este ano, mostrou ressurgimento desse sorotipo e, já tem quatro casos confirmados em Votuporanga, interior de São Paulo.

Monique Maia, reforça que devido o período de sazonalidade, o foco é sempre trabalhar com a prevenção para diminuir a reprodução dos agentes transmissores da doença. “Trabalhar a educação em saúde, para que a população possa entender que eles são os atores principais, no contexto da prevenção, por meio de ações que são necessárias para a redução dos criadouros existentes dentro das suas próprias casas”, completou.

Vítima de arbovirose fala sobre sequelas

Jéssica Menezes, de 29 anos, sofreu recentemente com o diagnóstico de arbovirose. A jovem, que é estudante de Zootecnia, apresentou os primeiros sintomas em abril deste ano, e continua lidando com as sequelas da doença até hoje.

A estudante disse em entrevista que os primeiros sintomas foram uma leve dor de cabeça e febre alta, seguida de muitas dores no corpo e articulações ao decorrer dos dias. Ela buscou atendimento na UPA e após exames foi constatado positivo para Chikungunya. “A médica me passou dipirona e paracetamol, além da recomendação de tomar muita água”, afirmou Jéssica.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas febris podem durar em média entre 5 e 14 dias. Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses, a doença pode ser considerada crônica.

“Depois de 15 dias apresentei uma irritação na pele, sem coceira, e fiz uso de antialérgico. Quase 1 mês doente, os sintomas sumiram. Mas fiquei com sequelas, como dores e inchaço nas articulações que duram até hoje.

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