Mais de um terço dos nascimentos de bebês prematuros resultaram em morte no Maranhão, em 2023, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES). O levantamento aponta que dos 3.605 de bebês com até 36 semanas de gestação, 1.134 resultaram em morte. Em 2022, os dados mostram 4.394 nascimentos e 1.412 óbitos.
Nacionalmente, o Maranhão é o 8° colocado no ranking dos estados com maior mortalidade infantil. Além disso, o índice de mortalidade materna é preocupante, uma vez que o Maranhão lidera em 1° no ranking nacional
A chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Dennyse Macedo, esclarece que a prematuridade é uma das principais causas da mortalidade infantil, que considera todos os óbitos de crianças abaixo de 1 ano de idade.
Dennyse explicou que a prematuridade ocorre por diversos fatores, mas principalmente pelas condições biológicas e fisiológicas das crianças que ainda estão em processo de formação. “Outra causa de óbito prematuro são as anomalias congênitas e a cardiopatias congênitas,” ressalta.
Já o pediatra e neonatologista, Maiton Fredson da Silva, faz um alerta para os problemas como diabetes gestacional descompensada, deslocamentos prematuros de placenta, ruptura das bolsas oculares, doenças sexualmente transmissíveis estão entre as causas do nascimento prematuro.
O nascimento prematuro pode gerar consequências ao decorrer da vida da criança, assim, quanto mais próximo das 37 semanas o bebê nascer, maiores são as chances de um desenvolvimento adequado. “Os órgãos como pulmão, intestino, rim, fígado, todos estão muito imaturos ainda nessa fase, eles podem apresentar mais sequelas, assim como também a retina e a parte da calcificação óssea. Então, quanto menor o bebê, maior é o risco de apresentar sequelas, ainda que não é uma certeza que o neném necessariamente tenha sequelas. Já o contrário também é verdade.”
Dennyse ressalta, a prematuridade pode ocasionar diversas doenças crônicas, cardiovasculares e respiratórias. “Tudo isso vai estar relacionado à questão da prematuridade.”
Entre as medidas de evitar o parto prematuro, primordialmente, destaca-se um pré-natal de qualidade, que visa prevenir e/ou identificar enfermidades é uma estratégia para evitar possíveis complicações e melhorar a saúde de mãe e filho. Vale ressaltar que é importante evitar situações de estresse emocional, para que a gestação seja tranquila.
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