Maranhão diminui número de crianças e adolescentes vivendo na pobreza, mostra Unicef

O Maranhão reduziu o número de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos vivendo na pobreza, em suas múltiplas dimensões. Em 2019, eram 92,8% e, em 2023, o número caiu para 88,6%. É o que revela a nova edição do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) nesta quinta-feira (16).

Ainda segundo o estudo, em 2023, 12% das crianças maranhenses estavam privadas de educação, 8,1% de informação, 4% estavam em trabalho infantil, 13,7% estavam privadas de moradia adequada, 16,3% sem água adequada, 80,7% sem saneamento adequado e 37,7% privadas de renda.

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Nacional

No Brasil, segundo o Unicef, em 2019 59,5% das crianças e adolescentes de 0 a 17 anos viviam na pobreza. O percentual caiu para 55,9%, em 2023.

Também em 2023, 7,7% das crianças em todo o território nacional estavam privadas de educação, 3,5% de informação, 3,4% estavam em situação de trabalho infantil. Outras 11,2% estavam privadas de moradia adequada, 5,4% não tinham acesso à água adequada, 38% à saneamento adequado e 19,1% eram privadas de renda.

Conforme o Unicef, a redução da pobreza multidimensional em todo o país foi influenciada principalmente pelo aumento da renda – beneficiado em especial pela ampliação do Bolsa Família –, e pela melhoria no acesso à informação.

Baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), o estudo analisou sete dimensões fundamentais: renda, educação, acesso à informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil.

explica Liliana Chopitea, chefe de Políticas Sociais do UNICEF no Brasil.

“A pobreza infantil é multidimensional porque vai além da renda. Ela é resultado da relação entre privações, exclusões e vulnerabilidades que comprometem o bem-estar de meninas e meninos. Crianças e adolescentes precisam ter todos os seus direitos garantidos de forma conjunta, já que os direitos humanos são indivisíveis”,

“Os resultados deste estudo mostram que o Brasil conseguiu avançar nas diversas dimensões avaliadas, reduzindo a pobreza multidimensional e impactando positivamente meninas e meninos em todo o País”, completa Liliana Chopitea.

Em todo o Brasil, a pobreza multidimensional entre crianças e adolescentes negros permanece consistentemente mais alta em comparação com brancos, destacando disparidades raciais significativas no que diz respeito às condições de vida e acesso a recursos essenciais. Enquanto, entre meninas e meninos brancos, 45,2% estão em pobreza multidimensional, entre negros o percentual é de 63,6%.

Tags: adolescentes, crianças, Maranhão, pobreza, Unicef