A Operação Rei do Gado que visa obter provas sobre um esquema de sonegação fiscal em cinco estados brasileiros e o Distrito Federal cumpriu, nesta quarta-feira (17), 50 mandados de busca a apreensão. No Maranhão, três cidades foram alvo da operação: Açailândia, Imperatriz e Itinga do Maranhão.
A operação é de autoria da Receita Federal ao lado do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão. Ao todo, foram R$ 1,4 bilhão de vendas fraudulentas de 448.887 gados no período de julho de 2020 a abril de 2023. Com relação aos tributos federais, a estimativa é de que teria sido sonegados R$ 300 milhões.
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Além do Maranhão, a operação aconteceu também nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Goiás e Distrito Federal.
Como funcionava o esquema?
Primeiramente, servidores públicos inseriam dados falsos nos Guias de Transporte Animal (GATs) e também em sistemas oficiais. Em seguida, a tarefa passava para contadores que emitiam Notas Fiscais inadequadas a partir das GTAs fraudulentas.
Na sequência, pessoas físicas, familiares, empresas e também funcionários funcionavam como laranjas no esquema e enviavam mais de 6.947 das notas fiscais. Por fim, os compradores de gado e de transporte faziam a revenda e abate para frigoríficos em São Paulo.