A cada 45 minutos, 20 brasileiros tentam tirar a própria vida. Os números são ainda mais preocupantes entre os jovens de 15 a 29 anos, onde o suicídio figura como a quarta causa de morte mais comum. No Maranhão, somente em 2023, 417 vidas foram perdidas para o suicídio, revelando uma crise que demanda atenção urgente.
Por trás dessas estatísticas, está a depressão, uma doença silenciosa que afeta mais de 11 milhões de brasileiros, segundo a OMS. A depressão mergulha suas vítimas em uma escuridão de dor, tristeza, culpa, falta de sono e apetite, sendo considerada o mal do século.
Leanderson, um sobrevivente dessa batalha, enfrentou um ano de luta contra a depressão, tentando tirar a própria vida três vezes. Sua coragem em buscar ajuda da família e de profissionais foi vital para sua recuperação, e seus dois filhos se tornaram suas motivações especiais.
Identificar a depressão e buscar tratamento é um processo que exige apoio, conhecimento e iniciativa. Sobre a própria jornada para sair do aspecto mais cruel da doença, Leanderson aconselha:
“Procure ajuda profissional, procure ajuda de amigos. Busque uma porta de ajuda, e conseguirá sair dessa situação”
No Maranhão, o atendimento psicossocial está disponível para mais de 13 mil pessoas através dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), distribuídos por todo o estado. O Hospital Nina Rodrigues oferece atendimento psiquiátrico sem necessidade de agendamento, enquanto as policlínicas proporcionam acompanhamento psicológico agendado pelo aplicativo do Procon.
A rede municipal de saúde, faculdades e universidades com cursos de psicologia também oferecem suporte à comunidade de forma gratuita. Bairros como Bacanga, Turu, Alemanha e Renascença contam com ajuda presencial, e para quem prefere assistência online, o Centro de Valorização à Vida disponibiliza apoio através do telefone 188 ou de seu site.
A mensagem é clara: mesmo na escuridão da depressão, há sempre uma luz de esperança, e ajuda está disponível para aqueles que buscam.
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