A arquiteta que praticou homofobia contra alunos durante uma atividade esportiva do Colégio Santa Luzia, em Imperatriz, usou as redes sociais para se retratar. Após grande repercussão nas redes sociais, Cristiane Hering Santana considerou que sua atitude foi “algo lamentável”.
O caso aconteceu no último domingo (19), durante um jogo de voleibol masculino entre o Colégio Santa Luzia e o Colégio Dom Bosco. Um vídeo enviado ao Difusora News mostrou que a mulher grita da arquibancada “CSL só tem viado!”. Devido à revolta dos internautas, Cristiane emitiu um pedido de desculpas.
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“Como mãe, tenho plena consciência de que, independentemente do contexto ou da intensidade do momento, nunca é aceitável ofender a dignidade de ninguém, especialmente de crianças e adolescentes, que devem ser protegidos a todo custo. Fui infeliz em meus comentários e me arrependo profundamente do ocorrido”, relatou.
A direção da escola tomou conhecimento das atitudes da arquiteta no mesmo dia, porém só tomou as primeiras providências no dia seguinte. A supervisora pedagógica, Fabiana Campos, contou que recebeu das alunas que estavam na torcida as imagens tiradas do perfil de Cristiane. A supervisora procurou os advogados do Colégio para registrar a ocorrência junto à Polícia Militar da cidade e ao Ministério Público do Maranhão.
“Passei mal! Tive pico de pressão, porque é como se fosse o meu filho que estivesse ali sendo agredido. Então, os nossos alunos, eles estão lá jogando, defendendo a escola, fazendo o que eles gostam, o que eles acreditam, o que eles treinam e estão sendo ofendidos, estão sendo agredidos, estão sendo, tentando ridicularizar, tentando colocá-los em uma situação de vergonha”, declarou Fabiana Campos.
A supervisora revelou que as adolescentes que estavam próximas à Cristiane Heringer repreenderam a fala dela e que se tratava de uma expressão homofóbica.
“Elas disseram assim: ‘Eles são lindos, eles são perfeitos, eles são maravilhosos’. Eles são meninos mesmo, muito bacanas e ninguém tem nada a ver com isso, com orientação sexual de ninguém”, defendeu a gestora.
Outros pais que estavam na arquibancada torcendo pelos filhos ficaram revoltados com a situação e se posicionaram contra a arquiteta. Conforme a direção da escola, as mães dos alunos reforçaram ação e registraram boletim de ocorrência.
Em nota, o Ministério Público do Maranhão informou que o fato foi comunicado à 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Imperatriz, que encaminhou os representantes da escola às autoridades policiais competentes. Após a apuração, as conclusões devem ser encaminhadas ao MPMA para as providências cabíveis.