Na semana em que se comemora o Dia da Mulher Maranhense – celebrado no dia 11 de março – data que também se celebra o aniversário de Maria Firmina, mulher negra que marcou a história do Brasil no século XIX, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio de seu Comitê de Diversidade, realizou a abertura da Exposição “Maria Firmina dos Reis: 200 anos inspirando humanidades” no Fórum da capital, na última sexta (10).
Na cerimônia de abertura estiveram presentes o desembargador Lourival Serejo, presidente da Comissão de Documentação, Revista, Jurisprudência e Biblioteca e membro do Comitê de Diversidade; o juiz Marco Adriano Fonsêca, coordenador do Comitê de Diversidade; o autor do livro “Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil”, juiz Agenor Gomes; o juiz Raimundo Neres, diretor do Fórum da capital; a vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda; e demais magistrados(as), servidores(as) e colaboradores(as) do Judicário maranhense.
O evento foi organizado pelo Comitê de Diversidade do TJMA e o Museu Desembargador Lauro de Berredo Martins, que têm como coordenadores, respectivamente, o juiz Marco Adriano Ramos Fonsêca e Cíntia Valéria Costa Andrade.
ABERTURA DA EXPOSIÇÃO
O intuito da exposição é possibilitar aos magistrados(as), servidores(as) e visitantes do Fórum de São Luís, uma oportunidade de conhecerem mais sobre Maria Firmina. “As pessoas que vierem aqui, poderão ter contato com a trajetória de vida e com o protagonismo firmado ao longo desses 201 anos da personalidade que foi e que é Maria Firmina”, disse o coordenador do Comitê de Diversidade do TJMA, juiz Marco Adriano, sobre a Exposição.
O desembargador Lourival Serejo participou da cerimônia de abertura. “Esta exposição veio para o Fórum, em março, que é o mês da mulher, e isso tem uma simbologia muito significativa, porque representa nosso compromisso com a igualdade, isonomia e memória histórica”, frisou o magistrado.
“Nós, com muito orgulho, apresentamos este trabalho, essa exposição, que até o final do mês, pelo menos, estará aqui à disposição”, ressaltou o diretor do Fórum ludovicense, juiz Raimundo Neres.
A vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda, aproveitou o momento para falar sobre a desigualdade de gênero e racial. “Nosso país tem mais de 100 anos de abolição, mas infelizmente ainda temos muitas marcas dentro da nossa sociedade”, disse.
Esmênia Miranda, que é Historiadora de formação, reiterou que “o Dia da Mulher não é pra ser comemorado, e sim rememorado”, finalizou a representante do Poder Executivo.
LEGADO DE MARIA FIRMINA
Maria Firmina dos Reis encontrou na escrita um instrumento de força, luta e coragem. A Exposição que homenageia o bicentenário da escritora maranhense, transporta o espectador para o contexto em que Firmina viveu: uma sociedade marcada pela escravidão pelo patriarcalismo. Maria Firmina dos Reis é um ícone por ter conseguido ir além do que as amarras sociais lhe permitiam.
“Mesmo em um período em que as mulheres não tinham voz, ela lutou, batalhou, e isso nos incentiva muito. Hoje a gente tem mais facilidade, mas ainda somos muito discriminadas e tratadas com inferioridade em muitas situações. Estou muito feliz com essa exposição, é um incentivo a todas nós”, disse a terceirizada Adriana Nunes, sobre a representatividade da figura de Maria Firmina.
A Exposição faz parte das homenagens ao Bicentenário de Maria Firmina, comemorado em 2022 pelo Poder Judiciário do Maranhão. A abertura aos públicos interno e externo iniciou em agosto do ano passado e recebeu cerca de mil pessoas durante três meses.
Fonte: Agência TJMA de Notícias
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