Taxa de homicídios em negros no MA é 12 vezes maior do que em não negros

Os homicídios no Maranhão atingem com maior frequência a população negra. É o que revela o Boletim Social sobre o perfil da população negra, divulgado nesta sexta-feira (21), pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).

De acordo com o boletim, em 2023, a cada 100 mil pessoas negras, 29,8 morreram em decorrência desse tipo de crime, enquanto em não negros, essa taxa foi de 17,4. O padrão é semelhante ao observado no restante do país.

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Apesar dessas diferenças, o levantamento mostra que o Maranhão ocupou a 9ª posição no ranking nacional com o menor risco relativo de pessoas negras serem assassinadas em comparação às não negras no mesmo ano.

De acordo com o boletim, no Maranhão, a população negra representa 79% (5,4 milhões) da população, sendo Serrano do Maranhão a cidade com a maior proporção (97,2%) e São Luís com o maior contingente (761,1 mil).

Saúde

Na área da saúde, o estudo do Imesc mostra que o estado registrou aumento nas consultas pré-natal entre mães negras, ao mesmo tempo que enfrentou desafios, como a qualidade da assistência médica durante o ciclo gravídico-puerperal, uma vez que, 76,9% dos óbitos de mães negras em 2023 foram provocadas por causas obstétricas diretas.

Boletim Social

O Boletim Social do Maranhão tem por objetivo fornecer indicadores atualizados sobre temas da realidade social do Maranhão, com a finalidade de subsidiar a elaboração, o monitoramento e a avaliação das políticas públicas do estado.

Os boletins são temáticos e cada edição disponibiliza informações acerca do cenário maranhense, com recortes municipais e regionais, contextualizando-as com o país e os demais estados.