O Maranhão registrou 1.855 casos de HIV, no período de janeiro a setembro de 2023. Os dados desmistificam a ideia de que o vírus do HIV ficou no passado e a AIDS é uma doença controlada e sem risco de contaminação.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o aumento vem sendo gradativo principalmente nas faixas etárias de 15 a 34 anos. O estudo pontua ainda que desde o início da epidemia (1984) foram notificados no maranhão 16.887 casos de HIV, sendo 63%, o que corresponde a 11.238 casos, em pessoas do sexo masculino e 36%, um total de 5.649 do sexo feminino.

A região Metropolitana de São Luís, foi a que mais registrou casos de HIV, com 6.188 notificações, seguidos pelas regiões de Pinheiro com 1.556, Imperatriz com 1.518, Codó com 1.075 e Santa Inês com 717 casos.

A faixa etária em que o HIV mais acomete é a faixa dos 20 a 49 anos, que corresponde a 80% (13.517 casos) dos casos registrados de 2014 a outubro de 2023

Em relação ao número de mortes por AIDS, nos últimos dez anos foram registrados 4.315 óbitos. As principais causas ainda são a não aceitação da doença, a falta de adesão da terapia adequada, e fatores psicológicos.

“Receber o diagnóstico do HIV, mesmo com os serviços de saúde disponíveis na atualidade, ainda é uma situação difícil. A primeira reação é costumeiramente tomada pelo choque, confusão, ansiedade e medo, as pessoas diagnosticadas se perguntam. ‘Como estarei daqui a dois, três, cinco anos?’ e ‘O que direi à minha família?’  são questionamentos comuns. Conflitos relacionados à sexualidade também se tornam recorrentes nessa fase”. Relata a psicóloga Isabelle Mizmann

Nessa sexta-feira (1) é datado o Dia Mundial de Luta contra a AIDS e durante todo o mês de dezembro diversas ações e campanhas são voltadas para o tema.

 

 

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