O desabamento de parte da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Rio Tocantins, provocou a queda de três caminhões que transportavam produtos químicos, cerca de 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.
A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Os produtos químicos representam um grave risco ambiental, mobilizando autoridades para monitorar os impactos na qualidade da água e na saúde das comunidades ribeirinhas.
De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, uma ação conjunta com a ANA iniciou o monitoramento da qualidade da água do Rio Tocantins.
Cinco pontos estratégicos, desde a barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito (TO/MA) até o município de Imperatriz (MA) serão analisados com apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB/SP), referência nacional em análises ambientais.
As amostras serão coletadas por técnicos da SEMA ainda nesta terça-feira (24), conforme divulgou a ANA.
Produtos químicos
O chefe do Centro de Prevenção a Desastres Ambientais, Caco Graça, destacou a necessidade de cautela nas ações de mitigação. “Embora a preocupação do governador em liberar rapidamente seja compreensível, é necessário cautela. Se houver vazamento de pesticidas, o protocolo é diferente, e não é possível tomar decisões sem a confirmação técnica do impacto”, afirmou.
O ácido sulfúrico e os defensivos agrícolas, em contato com a água, podem causar reações químicas graves, comprometendo o ecossistema, assim como oferecer riscos à saúde humana.
Municípios em área de risco
A ANA identificou 19 municípios potencialmente impactados pelo acidente, localizados a jusante (rio abaixo) do ponto do desabamento até a confluência com o Rio Araguaia. Do total, 11 municípios estão no Tocantins, incluindo Itaguatins, São Miguel do Tocantins e Tocantinópolis.
No Maranhão, estão na área de risco cidades como Estreito, Imperatriz e Porto Franco.
Além disso, os municípios de Campestre do Maranhão, Governador Edison Lobão, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios também enfrentam riscos.
Próximos passos
As autoridades seguem trabalhando para identificar a extensão do dano ambiental e definir os protocolos de mitigação. Contudo, comunidades ribeirinhas permanecem em alerta, dado que muitas dependem das águas do Rio Tocantins para consumo e subsistência.
O Portal Difusora News seguirá acompanhando o caso e trará novas informações assim que divulgadas.
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