O Comitê Estadual de Saúde em Desastres, composto por integrantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), voltou a se reunir, na tarde de quinta-feira (24), para identificar as áreas de risco, indicando as ameaças, a vulnerabilidades e os recursos para estabelecer medidas que possibilitem a redução dos efeitos dos desastres na população atingida pelas chuvas, em quatro povoados, localizados nos municípios de Viana e São Benedito do Rio Preto.
O superintendente de Vigilância Sanitária Estadual da SES, Edmilson Diniz, destacou que, desde o início do ano, o Governo do Estado intensificou a orientação às gestões municipais. “Os meses de março e abril são o período em que, tradicionalmente, acontece um maior volume de chuva. Neste sentido, temos trabalhado orientações de prevenção quanto às áreas de risco apontadas pela Defesa Civil, visando a melhor resposta e o menor impacto na vida das famílias atingidas”, informou.
Em Viana, o acesso aos povoados Caranguejo, Cajueiro e Progresso foi interrompido em decorrência das chuvas. Em São Benedito do Rio Preto, o município registrou alagamentos no povoado de Santo Antônio. Diante do cenário, membros do Comitê Estadual de Saúde em Desastres têm dialogado com os municípios para acompanhamento e definição de medidas emergenciais, quando necessário.
O Comitê emitirá orientações através de notas técnicas, para as Secretarias Municipais de Saúde quanto às medidas e ações a serem adotadas na resposta aos desastres por eventos hidrológicos, além da padronização de operações no setor saúde municipal.
Cerca de 350 famílias localizadas nos quatro povoados foram afetadas pelas chuvas. Até o momento, não houve registro de pessoas desabrigadas ou de atendimento em saúde por doenças de transmissão hídrica, como leptospirose, hepatites infecciosas, doenças dermatológicas, bem como arboviroses (dengue, zika e chikungunya), acidentes por animais peçonhentos, tétano, difteria, entre outras.
Para evitar a contaminação da água para consumo imediato, a SES enviou cerca de 2.500 frascos de hipoclorito de sódio, substância que será administrada pelos agentes de saúde dos municípios para fazer a purificação da água. As Unidades Regionais de Saúde (URSs) é responsável pelo repasse do produto para a gestão municipal.
O uso do hipoclorito de sódio é destinado para água de consumo imediato, com a aplicação de duas gotas para cada litro, bem como a lavagem de alimentos como verduras e frutas. Após a aplicação do hipoclorito de sódio na água de consumo imediato, o indicado é aguardar 30 minutos para o produto agir; o consumo da água deve ocorrer preferencialmente em até 24 horas.
A superintendente de Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças da SES, Tayara Pereira, reforçou o fortalecimento das ações de mobilização para evitar o adoecimento da população afetada pelo período chuvoso. “No início do mês, emitimos uma Comunicação de Riscos Relacionados ao Período Chuvoso sobre o aparecimento de doenças e agravos para que os municípios estejam atentos a sinais e sintomas como febre de início súbito, cefaleia, mialgia, vômitos e náuseas, prostração, dois ou mais episódios de diarreia”, destacou.
Alerta Laranja
O governador Carlos Brandão informou em rede social a classificação Laranja, adotada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que é utilizada quando há grau de severidade e perigo por conta do período chuvoso. De acordo com o chefe do executivo estadual, todo o efetivo da Defesa Civil do Maranhão está empregado em ação preventiva no estado.
“Estamos reforçando o plantão na Grande Ilha, mantendo o nível de alerta laranja. A Defesa Civil estadual também já está em deslocamento ao povoado de Viana, que ficou isolado após o rompimento de ponte durante a forte chuva dessa madrugada. Estamos prestando suporte ao município para ações emergenciais”, disse o governador Carlos Brandão.
Fonte: Governo do Maranhão
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