O mês de março foi de chuva intensa no Maranhão, e as enxurradas colocaram 63 municípios em situação de emergência no estado. Comunidades inteiras estão isoladas, nove rios, além de riachos e açudes, transbordaram.
Em Trizidela do Vale, onde eram ruas, e veículos e pessoas transitavam normalmente, hoje, só passam embarcações, segundo os moradores. A água invadiu o lugar e está subindo de uma tal maneira que está chegando aos telhados das casas.
A prefeitura antecipou as férias dos estudantes de julho para abril. Cinco escolas estão alagadas e sete servem de abrigo. Muitas lojas tiveram que fechar as portas.
“É muito prejuízo! 80%, 90% dos comerciantes estão sem trabalhar”, afirma João Martins, presidente da Associação Comercial.
Em várias cidades, os moradores dependem de doações. Em cada cesta, vai um pouco de arroz, feijão, açúcar e uma porção generosa de solidariedade.
“Mais de 5 mil cestas básicas serão doadas nos próximos dias, também água mineral e diversos outros itens de necessidade dessas famílias”, afirma Max de Medeiros, superintendente da Fecomércio no Maranhão.
Já são quase 36 mil famílias afetadas pela maior enchente em dez anos no Maranhão. Mais de 7,7 mil tiveram que deixar suas casas – sem perspectiva de quando vão voltar.
“Nós estamos aqui pedindo ajuda, porque queremos a nossa casa. Estão dando alimento, a cesta básica para gente… Mas não tem como a casa da gente…”, diz, emocionada, a agricultora Maria das Dores Maciel.
Fonte: Jornal Pequeno
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