Após uma inspeção da defesa civil no municipil de Buriticupu, foi possível identificar o número de famílias afetadas, que moram nas bordas das crateras, área considerada de risco. Por conta dos deslizamentos de terra que têm provocado a formação de crateras, 220 famílias devem deixar suas casas na região.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, nas últimas semanas cerca de 27 famílias precisaram ser retiradas das áreas de risco e agora estão morando em abrigos e recebendo aluguel social. O maior medo está no perigo de que casas sejam “engolidas” pelos abismos, como já aconteceu no passado.
O município maranhense tem mais de 70 mil habitantes e apenas a Coordenadoria de Defesa Civil não consegue abranger todas as demandas. Dessa maneira, os moradores passam a depender de órgãos estaduais e federais para mapear as áreas de risco e planejar ações para os períodos de chuva, quando os deslizamentos se agravam
“O principal gargalo é porque é diferente de uma enchente, no qual o rio sobe, baixa, e as pessoas voltam pra casa. No caso das voçorocas, precisamos de uma nova área para remanejar as famílias e estamos esperando uma portaria no Diário Oficial da União para gente poder ter a liberação de recursos para a construção de um novo habitacional para essas famílias”, contou João Carlos.
A situação perdura na região há cerca de 30 anos e as crateras já ‘engoliram’ 50 imóveis na região. Apesar do longo período enfrentando o problema, a prefeitura possui apenas uma Coordenadoria de Defesa Civil, com poucos servidores, para acompanhar o caso ou fazer um planejamento de como retirar as famílias.
Fonte: Defesa Civil de Buriticupu
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