Em 2010, 14,1% das famílias tinham seis ou mais pessoas. Em 2022, o percentual caiu para 5,8%
Em 2010, 14,1% das famílias tinham seis ou mais pessoas. Em 2022, o percentual caiu para 5,8%
As mulheres já são maioria como responsáveis pelas famílias no Maranhão, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 54,6% das famílias maranhenses têm mulheres como chefes de domicílio, enquanto os homens representam 45,4%.
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O estado ocupa o segundo lugar no país com o maior percentual de famílias chefiadas por mulheres, atrás apenas do Amapá, com 55,5%. Em 2010, esse número no Maranhão era de 41,3%, o que mostra um crescimento expressivo em pouco mais de uma década.
O levantamento também aponta que as famílias estão menores. Em 2010, 14,1% das famílias tinham seis ou mais pessoas. Em 2022, o percentual caiu para 5,8%. Já os lares com apenas duas pessoas passaram de 20,5% para 30,4%. A tendência se repete em São Luís, onde 35,1% das famílias têm apenas dois integrantes.
Outro destaque é o crescimento das uniões consensuais, ou seja, casais que vivem juntos sem formalizar o casamento civil ou religioso. No Maranhão, 52,6% das uniões são consensuais, número bem acima da média nacional, que é de 38,9%. O estado tem 2,77 milhões de pessoas vivendo em algum tipo de união, o que representa 48,7% da população.
Entre os casados, 24,1% têm apenas o registro civil, 17,7% são casados no civil e religioso, e 5,6% apenas no religioso. O IBGE destaca que a alta proporção de uniões informais reflete transformações sociais e culturais, além de questões econômicas, como o alto custo dos casamentos tradicionais.
O estudo também mostra o perfil das pessoas em união conjugal. A maioria tem entre 30 e 44 anos, e as mulheres são ligeiramente mais numerosas, representando 50,1% das pessoas que vivem com um parceiro.
O Maranhão também acompanha o crescimento das uniões homoafetivas. O Censo 2022 registrou 18.754 pessoas vivendo com cônjuges do mesmo sexo, sendo 58,9% mulheres e 41,1% homens.
Para o IBGE, os dados revelam mudanças importantes na estrutura das famílias maranhenses, com destaque para a presença feminina, a redução do tamanho dos lares e a diversificação dos tipos de união.