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Mais de 530 mil maranhenses vivem com algum tipo de deficiência, aponta IBGE

34,5% das pessoas com deficiência no Maranhão são analfabetas

Era fim de tarde no interior do Maranhão quando a vida de Giovanni Lima mudou para sempre. Aos 8 anos, ele começou a apresentar sintomas que resultaram em paralisia em uma das pernas. O diagnóstico foi de paraparesia espástica, uma condição neurológica que provoca rigidez e fraqueza progressiva nos membros inferiores. Além disso, Giovanni também enfrenta disartria, uma dificuldade de comunicação.

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Essas duas condições fizeram dele uma pessoa com deficiência múltipla. Desde cedo, precisou lidar não apenas com as limitações físicas, mas também com o preconceito e a exclusão.

Hoje, aos 44 anos, Giovanni é assistente administrativo no Centro Universitário Estácio São Luís. Para ele, a oportunidade de estar no mercado de trabalho mudou sua vida.

“Estar no mercado de trabalho não é só ter um salário. É ter dignidade, respeito e sentir que eu faço parte da sociedade. Isso mexeu muito com a minha confiança e com o meu bem-estar. Eu consigo mostrar que posso contribuir tanto quanto qualquer outra pessoa”, afirma.

O impacto da inclusão

Para a psicóloga Renata Pacheco, histórias como a de Giovanni reforçam como a inclusão social é decisiva para a saúde mental.

“Quando uma pessoa com deficiência é excluída, isso afeta sua autoestima, gera tristeza e pode levar ao isolamento. Já a inclusão promove o sentimento de pertencimento, melhora o bem-estar psicológico e ajuda a desenvolver habilidades sociais e emocionais”, explica.

Ela destaca que, muitas vezes, a sociedade ainda olha para a deficiência com preconceito. “Esse olhar deveria ser de acolhimento e oportunidade, e não de exclusão”, diz.

Renata lembra que pequenos gestos podem fazer grande diferença. “Na escola, incluir uma criança com deficiência em uma simples brincadeira já contribui para o desenvolvimento motor e social. É um gesto pequeno que faz uma diferença enorme no futuro dela”, completa.

De acordo com o IBGE, o Maranhão tem 536.103 pessoas com algum tipo de deficiência, o equivalente a 8,1% da população com dois anos ou mais. O número está acima da média nacional, de 7,3%.

Entre os dados levantados:

            •          34,5% das pessoas com deficiência no Maranhão são analfabetas, quase três vezes mais do que a população sem deficiência (11,39%).

            •          41% têm 60 anos ou mais.

            •          A deficiência visual é a mais comum, atingindo 328.803 pessoas.

            •          O levantamento incluiu pela primeira vez informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA): no Maranhão, a maior incidência está entre crianças de 5 a 9 anos (2,2%), sendo a maioria meninos (60,3%).

Inclusão que muda vidas

Giovanni resume, em sua trajetória, o que os números e especialistas confirmam: a inclusão transforma realidades.

“Se eu não tivesse tido essa oportunidade, talvez eu fosse mais um número nas estatísticas. Mas quando a sociedade abre espaço, a gente mostra o quanto pode contribuir. Isso faz toda diferença na autoestima e na qualidade de vida”, conclui.

Com informações de Cores

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