Mãe que teve filha levada ao Paraguai fala com exclusividade à TV Difusora: “mexeu com todo o nosso psicológico, não pode ficar impune”

Após dias de muita angústia com a distância da filha de 1 ano, levada pelo pai ao Paraguai sem consentimento, Daniely Ferreira tem motivos de sobra para comemorar o Dia das Crianças neste domingo (12). Ainda assim, as memórias do período em que chorou pela ausência da filha seguem falando alto.

Depois do reencontro no Paraguai, Daniely e a filha retornaram a São Luís, onde moram, na madrugada deste domingo. Ela conversou com exclusividade com o apresentador Franco Monte, da TV Difusora, e revelou em detalhes como se deu a montanha-russa de emoções desde o dia em que se viu sem a própria filha.

A respeito das dificuldades, a mãe destacou como os primeiros momentos foram os de maior tensão, sobretudo por ter sido pega de surpresa. “O primeiro dia foi o mais difícil. Foi quando eu liguei e ele disse que eu não ia mais ver ela. Eu entrei em desespero, chorei muito, muito mesmo. Aí eu fui pedindo a sabedoria para Deus, para ele acalmar o meu coração”, contou.

O peso se tornava ainda maior com os questionamentos da outra filha, que sentia falta da irmã: “a pior parte era chegar em casa e minha outra filha perguntar por ela. E dormir sem minha filha, sem a ver, sem o pai mandar mensagens ou falar se estava tudo bem. Só quem é mãe sabe do que eu estou falando.”

O trabalho também foi afetado. Daniely costumava trabalhar em casa, na companhia das filhas e de uma babá, além das clientes que chegavam. A rotina, no entanto, teve uma grande quebra diante do problema vivido. “Eu fiquei 11 dias sem trabalhar porque eu não conseguia, enquanto resolvia tudo. E era uma tristeza, choro toda hora. Tentava segurar por causa da minha outra filha, mas era muito difícil. Foi uma coisa que eu nem consigo descrever”, revelou.

Mesmo com os avanços na investigação do paradeiro da filha e do pai dela, o sentimento de alívio demorou a chegar. Um grande passo veio com a garantia da guarda unilateral, graças aos esforços da equipe de advogados que acompanhou o caso.

“Quando os meus advogados me ligaram falando que a guarda unilateral era minha. Veio uma calmaria e eu chorei de felicidade, porém angustiada porque eu não estava com ela. Só com essa notícia que eu me tranquilizei.”

Daniely também relatou que o pai da menina já fazia ameaças de levá-la embora, mas não pareciam recados sérios. No ano passado, uma medida protetiva foi aberta, mas a companheira solicitou a derrubada do documento após um entendimento ser alcançado entre o casal, priorizando a criação das filhas. A confiança, no entanto, foi totalmente quebrada.

Depois de finalmente reencontrar a criança, Daniely agora espera que o pai seja responsabilizado pelos atos recentes: “tem que ser responsabilizado porque mexeu com Todo o psicológico da minha filha, desestruturou a minha casa, minha família está desesperada. E não pode ficar impune porque isso foi um crime, ele pegar uma criança de um ano sem autorização da mãe e ter pegado meu carro. Então acredito que ele tem que ser punido.”

Depois da tempestade que foram os últimos dias, para o futuro, o que Daniely espera é muito trabalho, mas também muito amor. “Eu quero trabalhar para proporcionar às minhas filhas tudo aquilo que eu não tive, e dar amor, carinho, tudo que eu puder fazer. E do pai eu quero distância porque foi uma coisa que eu não esperava, me decepcionou muito porque a gente morava junto e eu realmente confiava nele. Agora eu não confio nem de chegar perto, não quero aproximação com ele”, concluiu.

A entrevista completa vai ao ar nesta segunda-feira (13), às 11h, no programa Deu Treta, da TV Difusora.