Os avanços foram impulsionados pela ampliação da prevenção, do diagnóstico e do acesso a tratamentos modernos oferecidos gratuitamente pelo SUS
-dezembro 4, 2025
Os avanços foram impulsionados pela ampliação da prevenção, do diagnóstico e do acesso a tratamentos modernos oferecidos gratuitamente pelo SUS
O Maranhão reduziu em 11% o número de mortes por aids entre 2023 e 2024. Os óbitos caíram de 398 para 354 no período, segundo o novo Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. A queda acompanha a tendência nacional: no Brasil, as mortes diminuíram 13%, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor índice dos últimos 30 anos.
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De acordo com o Ministério da Saúde, os avanços foram impulsionados pela ampliação da prevenção, do diagnóstico e do acesso a tratamentos modernos oferecidos gratuitamente pelo SUS. As terapias atuais permitem que o vírus se torne indetectável e intransmissível. Esses fatores também levaram o país a eliminar a transmissão vertical do HIV, quando a infecção ocorre da mãe para o bebê, como problema de saúde pública.
O Brasil registrou ainda redução de 1,5% nos casos de aids, que passaram de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil em 2024. No Maranhão, foram 1.280 casos confirmados no último ano. No acompanhamento materno-infantil, houve queda de 7,9% nos diagnósticos em gestantes e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus. O início tardio da profilaxia neonatal diminuiu 54%, indicando melhora no pré-natal e nas maternidades.
A eliminação da transmissão vertical foi confirmada porque o país mantém a taxa abaixo de 2% e a incidência de infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos. Além disso, mais de 95% das gestantes receberam pré-natal, testagem e tratamento, resultados alinhados aos critérios da Organização Mundial da Saúde.
Em 2024, o Brasil contabilizou 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou aids. No Maranhão, foram registrados 2.411 casos. A política nacional de Prevenção Combinada tem ampliado o acesso a ferramentas como a PEP e a PrEP, que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus. O uso da PrEP cresceu mais de 150% desde 2023 e hoje beneficia 140 mil pessoas.
O diagnóstico também avançou com a compra de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais que no ano anterior, e a distribuição de 780 mil autotestes. A medida facilita a identificação precoce da infecção e o início rápido do tratamento.
O SUS segue ofertando gratuitamente terapia antirretroviral. Mais de 225 mil pessoas usam o comprimido único de lamivudina e dolutegravir, esquema de alta eficácia e melhor tolerância, que ajuda na adesão ao tratamento.
Com esses resultados, o Brasil se aproxima das metas globais 95-95-95, que preveem diagnóstico, tratamento e supressão viral para a maior parte das pessoas que vivem com HIV. Duas das três metas já foram alcançadas.