Entre os principais gastos estão os benefícios da Previdência Social e os salários dos servidores públicos
Entre os principais gastos estão os benefícios da Previdência Social e os salários dos servidores públicos
O governo federal prevê salário mínimo de R$ 1.630 e superávit primário de R$ 34,3 bilhões para o ano de 2026. As estimativas estão no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado ao Congresso Nacional na última terça-feira (15).
📲 Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
A proposta será analisada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e deve ser votada até 17 de julho. O relator será o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
O valor proposto para o novo salário mínimo representa um reajuste de 7,37% em relação ao valor atual de R$ 1.518, com ganho real de 2,5% acima da inflação. O número definitivo só será confirmado em novembro, após a divulgação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
O superávit estimado para 2026 representa 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta é manter uma trajetória de melhora nas contas públicas nos próximos anos, com superávits maiores: 0,5% em 2027, 1% em 2028 e 1,25% em 2029.
Segundo o governo, o objetivo é manter o equilíbrio fiscal sem deixar de lado os investimentos sociais. A LDO prevê limite de despesas em R$ 2,43 trilhões para 2026. As despesas obrigatórias, como aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), devem aumentar, enquanto os gastos não obrigatórios devem cair. A previsão é que essas despesas discricionárias passem de R$ 221,2 bilhões em 2025 para R$ 208,3 bilhões em 2026.
A Receita Federal deve arrecadar R$ 2,1 trilhões em 2026. O principal destaque é o Imposto de Renda, com previsão de R$ 930 bilhões. No total, a previsão de receitas do governo para o ano é de R$ 3,2 trilhões.
Entre os principais gastos estão os benefícios da Previdência Social (R$ 1,13 trilhão) e os salários dos servidores públicos (R$ 451 bilhões).
Na área econômica, o governo prevê crescimento do PIB em torno de 2,5% entre 2026 e 2029. A estimativa é considerada conservadora, podendo melhorar caso haja avanços na produtividade, impulsionados pela reforma tributária e pelo plano de transformação ecológica.
Sobre a inflação, a previsão é de uma leve alta em 2025, com o IPCA chegando a 4,9%. Para 2026, a expectativa é que a inflação fique em 3,5%, dentro da meta oficial. Nos anos seguintes, a tendência é que a inflação fique próxima de 3%.
O governo também prevê que a taxa Selic continue em alta até meados de 2025 e comece a cair a partir de 2026. Já o dólar deve se manter estável, girando em torno de R$ 5,90 no período.
Fonte: Agência Senado