Três jovens de Monção (MA) que foram vítimas de agressões com motivação racista e homofóbica estão em São Luís nesta terça-feira (02) para receber atendimento jurídico, registrar denúncia e passar por perícia médica.
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O caso aconteceu na segunda-feira (31), no Ginásio Municipal de Monção, quando os jovens, que fazem parte de um grupo de dança com identidade cultural indígena, foram atacados por um grupo de homens que reivindicavam o espaço para atividades esportivas.

Segundo relatos, além das ofensas, os jovens sofreram espancamento e chutes na cabeça, na frente de crianças e outros membros do grupo cultural. Eles chegaram a buscar atendimento médico em Monção, mas relataram negligência no hospital e constrangimento ao tentar registrar boletim de ocorrência, já que os agressores estavam no local e receberam prioridade no atendimento.
Nesta manhã, ao chegarem na capital, os jovens foram acolhidos pelo Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Maranhão. Em seguida, seguiram para a Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no bairro Liberdade, onde pretendem formalizar a denúncia. Depois, passarão por exames de corpo de delito para comprovar as agressões sofridas.

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e mobilizou entidades de defesa dos direitos humanos. O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), com sede em São Luís, está oferecendo suporte jurídico às vítimas. A entidade enviou um ofício a órgãos de justiça cobrando medidas urgentes para a proteção dos jovens e responsabilização dos agressores.
O episódio reforça a necessidade de ações mais efetivas contra o racismo, a LGBTfobia e a violência institucional, principalmente em municípios do interior, onde muitas vítimas enfrentam dificuldades para denunciar e buscar justiça.