O crime foi registrado através de uma transmissão ao vivo feito nas redes sociais.
O crime foi registrado através de uma transmissão ao vivo feito nas redes sociais.
O jovem Thalyson Augusto Cordeiro, de 31 anos, foi vítima de ataques racistas durante uma partida de vôlei ocorrida no último domingo (28) na Arena Set Point, no bairro Vila dos Frades, em São Luís. Toda ação foi registrada através de uma transmissão ao vivo no Instagram.
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Em vídeos que circulam nas redes sociais mostra uma pessoa, conhecida como “Bob”, proferindo ofensas racistas a vítima que estava jogando, chamando-o de “babuíno” e criticando a condição social de Thalyson.
Em entrevista à TV Difusora, a vítima informou que um Boletim de Ocorrência (B.O.) já foi registrado contra o autor das ofensas na Delegacia de Combate a Crimes Raciais. “Eu tenho tudo registrado e divulguei nas minhas redes sociais. Foi através de lá que fui encorajado a denunciar o crime”, relatou o jogador.
Thalyson informou que todas as imagens já foram entregues aos policiais e que nos próximos dias testemunhas, bem como o autor das ofensas, serão ouvidas para o esclarecimento dos fatos.
Após saber da ocorrência registrada, Bob enviou um áudio para a vítima em um tom ameaçador relatando que iria processar Thalyson por difamação. “Acabei de ver teu Boletim de Ocorrência e se tu continuar com isso a gente vai realmente pro Judiciário […] No vídeo foi comprovado que eu não fui racista e se você continuar com isso eu que irei te meter um processo”, declarou Bob.
Em nota, o time de vôlei em que Bob torce emitiu uma nota de repúdio sobre o ocorrido. “Infelizmente o que aconteceu é lamentável e triste pra todos nós, por isso viemos aqui através dessa nota mostrar que se erros como esse acontecem, assumir e reconhecer podem sim transformar e mudar toda uma situação, para o crescimento e evolução dentro e fora de quadra. Aos envolvidos, que isso nunca mais se repita, aos que assistem e opinam estamos abertos a qualquer diálogo que venha acrescentar ainda mais nessa jornada de aprendizados”, esclareceu.

Em janeiro de 2023, atos de injúria racial foram equiparados ao crime de racismo não havendo finança, com duração de pena de 2 à 5 anos de reclusão.