O estado responde por 8,60% do aumento da renda disponível no Nordeste
-dezembro 15, 2025
O estado responde por 8,60% do aumento da renda disponível no Nordeste
A nova Lei nº 15.250/2025, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve provocar um impacto direto na economia do Maranhão a partir de janeiro de 2026. A legislação garante isenção do Imposto de Renda Pessoa Física para quem recebe até R$ 5 mil por mês e descontos graduais para rendas de até R$ 7.350.
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De acordo com estudo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a medida vai beneficiar cerca de 15 milhões de contribuintes em todo o país e gerar uma injeção anual estimada em R$ 1,7 bilhão na economia nordestina. O valor representa aproximadamente 7% da renúncia fiscal nacional, projetada em R$ 25,8 bilhões pelo Governo Federal.
No Maranhão, o impacto é considerado relevante. O estado responde por 8,60% do aumento da renda disponível no Nordeste, com acréscimo mensal estimado entre R$ 6 milhões e R$ 11 milhões. Esse volume de recursos extras deve circular principalmente no comércio e nos serviços, setores diretamente ligados ao consumo das famílias.
Segundo a Sudene, a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, somada aos descontos para rendas intermediárias, deve ampliar a renda disponível no Nordeste em cerca de R$ 126,7 milhões por mês. Bahia, Pernambuco e Ceará concentram a maior parte desse montante, mas o Maranhão aparece logo em seguida, ao lado de estados como Rio Grande do Norte e Paraíba.
A análise destaca ainda que, ao longo de um ano, o efeito econômico na região pode se aproximar de R$ 2 bilhões. Mesmo abaixo desse limite, o órgão reforça que o impacto é significativo, pois atinge diretamente famílias com maior propensão ao consumo, o que tende a aquecer a economia local.
Para chegar aos números, a Sudene analisou vínculos empregatícios por faixa de renda, aplicando a calculadora de descontos do Imposto de Renda do Dieese e os critérios definidos pela nova legislação. O levantamento reforça que a medida pode funcionar como um importante estímulo econômico para estados como o Maranhão, ampliando o poder de compra da população e fortalecendo a economia regional.