Apesar do índice favorável, os setores de transportes e alimentação pressionaram os preços para cima
-dezembro 5, 2025
Apesar do índice favorável, os setores de transportes e alimentação pressionaram os preços para cima
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), a inflação de janeiro desacelerou e ficou em 0,16%, o menor resultado para o mês desde 1994, antes mesmo da implementação do Plano Real, em julho daquele ano.
Causas
A desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está diretamente ligada ao Bônus Itaipu, um desconto na conta de luz concedido a milhões de brasileiros no mês passado, que influenciou a queda da inflação.
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A energia elétrica residencial teve uma redução de 14,21%, impactando significativamente o resultado e contribuindo com -0,55 ponto percentual (p.p.) para a desaceleração do IPCA. Essa queda foi a maior desde fevereiro de 2013, quando a tarifa elétrica caiu 15,17%.
O Bônus Itaipu beneficiou 78 milhões de consumidores, tornando a energia elétrica mais barata em janeiro e levando o grupo de habitação a recuar 3,08%, com impacto de -0,46 p.p. no IPCA. Esse desconto teve um papel fundamental no alívio do custo de vida e na redução da inflação.
Setores de transportes e alimentos
Apesar do índice favorável, os setores de transportes e alimentação pressionaram os preços para cima. Os transportes registraram alta de 1,3%, com destaque para o aumento das passagens aéreas (10,42%) e dos ônibus (3,84%). Em diversas cidades, as tarifas foram reajustadas, refletindo nos dados do IBGE.
Os alimentos também impactaram a inflação, com uma alta de 0,96% em janeiro, marcando o quinto aumento consecutivo. Esse grupo contribuiu com 0,21 p.p. para o IPCA do mês. Entre os produtos que mais subiram estão o café moído (8,56%), o tomate (20,27%) e a cenoura (36,14%).
De acordo com produtores, o preço do café, um dos principais responsáveis pela pressão inflacionária, deve continuar em alta nos próximos meses.