Capital ocupa as últimas posições do país em infraestrutura para pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência
Capital ocupa as últimas posições do país em infraestrutura para pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos dados do Censo Demográfico 2022 que revelam as condições urbanísticas no entorno dos domicílios brasileiros. O levantamento aponta que São Luís tem bons resultados em áreas como pavimentação e iluminação pública, mas ainda sofre com problemas relacionados à acessibilidade, arborização e infraestrutura cicloviária.
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São Luís se destaca no quesito iluminação pública. De acordo com o Censo, 98,67% da população da capital vive em ruas com iluminação — acima da média nacional de 97,5%. O índice posiciona a cidade entre as capitais com melhor cobertura, superando, por exemplo, Rio de Janeiro (97,2%), Belo Horizonte (96,4%) e Macapá (88,7%).
A pavimentação das vias é outro ponto positivo. Em São Luís, 93,75% dos moradores vivem em áreas com ruas pavimentadas. Esse percentual está acima da média nacional (88,5%) e próximo aos índices das principais capitais, como São Paulo (96,9%), Recife (94,3%) e Porto Alegre (95,6%).
No entanto, quando o assunto é acessibilidade, o cenário é menos favorável. Apenas 8,8% da população de São Luís vive em locais com rampas para cadeirantes. Esse número é bem inferior ao de cidades como Campo Grande (55,6%), Curitiba (40,4%) e Brasília (30,4%), e coloca a capital maranhense entre as três piores capitais do país, à frente apenas de Salvador (6,89%) e Manaus (6,50%).
A situação das calçadas é ainda mais crítica. Apenas 5,95% dos moradores vivem em áreas com calçadas livres de obstáculos, como buracos, desníveis ou objetos que impedem a circulação segura de pedestres. Esse é o menor índice entre todas as 27 capitais brasileiras. Porto Alegre (46,5%), Goiânia (38,3%) e Florianópolis (32,1%) lideram esse ranking.
A presença de ciclovias e sinalização para bicicletas também é muito baixa. Só 1,08% da população de São Luís vive em vias com estrutura para ciclistas. O número é inferior ao de capitais como Florianópolis (12,09%), Fortaleza (6,87%) e Recife (5,74%), evidenciando a carência de políticas voltadas à mobilidade ativa e sustentável.
A arborização urbana também aparece como ponto frágil. Em São Luís, apenas 34,27% dos moradores vivem em vias com árvores. Trata-se do segundo pior resultado entre as capitais brasileiras, à frente apenas de Salvador (34,1%). Em contrapartida, cidades como Campo Grande (91,3%), Goiânia (89,6%) e Palmas (88,7%) apresentam altos índices de cobertura vegetal nas ruas.
A pesquisa completa está disponível no site do IBGE:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/22827-censo-demografico-2022.html