Ponto de ativismo cultural há anos, a praça Duque de Caxias vira palco de hip hop, manguebeat e outras expressões neste sábado (04)
Ponto de ativismo cultural há anos, a praça Duque de Caxias vira palco de hip hop, manguebeat e outras expressões neste sábado (04)
A I Feira Cultural Arte de Rua de São Luís será realizada no próximo dia 4 de fevereiro, a partir das 10h da manhã, na quadra da Praça Duque de Caxias, no João Paulo.
Grupos de rap, blocos afro, batalhas de break e manguebeat – movimento pernambucano de sucesso nos anos 90, que mistura o som tradicional e pop – formam o line-up a Feira.
Vasta, a programação inclui oficina de tambores e ritmos maranhenses com Anderson Helf, pocket show com os artistas Zayda Moraes e Paulo Cacique, além dos os rappers Hertz, Jonnas Max e Preta Lu.
A feira também contará com performance do bloco afro Onmirá – entidade com base na Jordoa, criada por artistas naturais de Cururupu e radicados em São Luís.
O evento é organizado pelo Quilombo Hip Hop Militante e a banca JKomics.
Idealizador da Feira de Arte de Rua, o artista visual Beto Belo explica que o evento transcende uma exposição tradicional de criatividade. “[O evento foi pensado] na perspectiva de ocupação dos espaços públicos com atividades voltadas as comunidades menos assistidas e excluídas de politicas culturais e esportivas”, conta Beto.
O idealizador explica ainda como o evento exalta criatividade e raízes culturais. “[Também vamos promover ] economia dos nossos artesãos e divulgar o trabalho de nossos artistas independentes – em sua maioria, afrodescendentes”, complementa o artista. Como parte dessa celebração à identidade negra, a programação também inclui oficinas de penteados afro.
Localizada na Praça, a banca promove encontros culturais e literários desde 2015. Os encontros reúnem entusiastas da leitura de São Luís – em particular das histórias em quadrinhos. Dono da JK, Anderson André já deu outras trilhas sonoras à paixão pelas HQ’s, através do ativismo cultural exercido através dos eventos.
“Nós tínhamos realizado eventos mesclando outras culturas com o universo dos quadrinhos, como o HQ’s Rock N’ Brasa, por exemplo. E a Cultura de Rua, por toda a sua riqueza e representatividade, não poderia faltar”, explica André.
