Condutores notaram alta dos preços sem aviso prévio.
-dezembro 7, 2025
Condutores notaram alta dos preços sem aviso prévio.
O preço dos combustíveis aumentou em São Luís nos últimos dias, sem qualquer aviso prévio. O litro da gasolina, por exemplo, está custando, em média, R$ 5,79. O valor é R$ 0,20 (20 centavos) superior ao que vinha sendo praticado nas últimas semanas.
Alguns condutores questionam o aumento repentino, considerando que, em geral, há um anúncio prévio das alterações, inclusive com explicações sobre as motivações.
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Magnólia Rolim, presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão (Sindcombustíveis Maranhão), explica que o aumento está relacionado ao preço dos insumos.
O aumento que houve foi do biodiesel, que compõe o diesel, e do anidro, que compõe a gasolina. Nenhum desses insumos é produzido pela Petrobras; a Petrobras é apenas um dos produtores dos produtos que consumimos.
Ainda de acordo com Magnólia, cada insumo apresentou alta por motivos distintos. Enquanto o anidro está em fase de entressafra, o biodiesel sofre impacto da valorização do dólar.
“No caso do álcool anidro, ele está entre safras, no final da safra, e isso geralmente provoca um aumento. A demanda cresce e o mercado acaba reagindo com esse aumento. Já o biodiesel é influenciado pela cotação do dólar. O mercado internacional está mais instável, e, com a valorização do dólar, o preço do biodiesel também sobe”, explicou.
Além disso, a presidente do Sindcombustíveis destaca a atual defasagem de R$ 0,20 (20 centavos) no preço dos combustíveis em relação ao mercado internacional.
Em maio de 2023, a Petrobras deixou de adotar a Política de Paridade de Importação (PPI), que mantinha os preços atrelados às cotações internacionais. Assim, os preços seriam ainda mais elevados caso seguissem a modalidade anterior.
Por fim, Magnólia demonstra otimismo em relação a uma possível redução no preço da gasolina a partir do início de 2025. Já o diesel, por sua vez, continuará dependendo da cotação do dólar.
Acredito que, com a retomada da safra no começo do ano, os preços se estabilizem. Quanto ao dólar, sabemos que é uma questão cambial, ligada ao mercado internacional, o que torna a situação mais complexa.