Evento é gratuito e reúne mestres, artistas e coletivos que mantêm viva a tradição afro-maranhense.
-dezembro 4, 2025
Evento é gratuito e reúne mestres, artistas e coletivos que mantêm viva a tradição afro-maranhense.
O som dos tambores vai ecoar pela Liberdade neste sábado (1º), a partir das 19h, com o Festival Ayó de Música Negra – Rota Quilombola, que transforma o território do Quilombo Urbano Liberdade em um grande palco de arte, ancestralidade e resistência.
O evento, realizado pela Associação Cultural Pé no Chão em parceria com o Boi de Leonardo, é gratuito e reúne mestres, artistas e coletivos que mantêm viva a tradição afro-maranhense.
O Festival se consolida como um movimento de valorização da identidade negra no Maranhão, conectando tradição e contemporaneidade. A edição “Rota Quilombola” propõe transformar o quilombo urbano em um espaço de memória viva, onde arte e cultura se unem como instrumentos de pertencimento e resistência.
A programação reúne nomes que representam a diversidade da música negra maranhense, como DJ Makanak Brother, Tambor de Crioula Mestre Leonardo, DJ Clisma, Bloco Afro Abiyeye Maylô, DJ Peito de Pombo e o Bumba Meu Boi da Floresta. A fusão entre reggae e ritmos ancestrais expressa o pulsar criativo de artistas que reinventam suas raízes sem abrir mão da tradição.
Durante o dia, o público poderá participar de oficinas e rodas de conversa voltadas à transmissão de saberes tradicionais. Pela manhã, as Zabumbeiras conduzem uma oficina de zabumba na sede do Boi de Leonardo; à tarde, o Mestre Zió ministra a oficina de toque de tambor de crioula no Centro de Cultura e Turismo do Quilombo Urbano.
O Festival é financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (SECMA). A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento das identidades quilombolas como pilares da arte e da cidadania maranhense.
Segundo Andrea Frazão, coordenadora da Associação Pé no Chão, o evento é um gesto político e simbólico de reocupação do território.
“Essa edição tem um significado muito especial, porque ela traz, além do protagonismo e da visibilidade, a transformação do território da Liberdade em um grande palco de música, de memória, de resistência — em uma celebração da cultura negra e quilombola”, afirmou.
Entre o toque dos tambores, o balanço do reggae e o corpo em movimento, o Festival Ayó de Música Negra – Rota Quilombola reafirma a potência do quilombo urbano como espaço vivo de criação e resistência.
Em cada som, um chamado à ancestralidade. Em cada corpo, uma história que dança.