De acordo com os avós, a dor da perda se soma à revolta diante da demora por respostas e pela responsabilização do suspeito. Maria Isabel Pereira, avó de Mikael, cobra providências das autoridades.
-dezembro 15, 2025
De acordo com os avós, a dor da perda se soma à revolta diante da demora por respostas e pela responsabilização do suspeito. Maria Isabel Pereira, avó de Mikael, cobra providências das autoridades.
A família do pequeno Mikael, de apenas 3 anos, morto no último dia 17 de outubro, segue em busca de justiça quase dois meses após a tragédia. O menino chegou sem vida a um hospital no bairro do Anil, com sinais evidentes de espancamento, e o principal suspeito do crime é o padrasto, identificado como Júnior.
De acordo com os avós, a dor da perda se soma à revolta diante da demora por respostas e pela responsabilização do suspeito. Maria Isabel Pereira, avó de Mikael, cobra providências das autoridades.
“Eu só quero que a justiça faça alguma coisa contra esse homem que está aí curtindo de boa a vida dele. A minha criança não vai voltar, eu sei que ele não vai voltar. Mas eu quero justiça”, desabafou.
O padrasto foi quem levou a criança à unidade de saúde e alegou que o menino teria se engasgado com um hambúrguer.
No entanto, a versão levantou suspeitas da equipe médica, que acionou a polícia. A autópsia realizada no Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi resultado de múltiplos ferimentos graves.
Segundo a certidão de óbito, Mikael sofreu trauma abdominal, lesão no fígado, anemia aguda, além de traumas na cabeça e no tórax — lesões compatíveis com espancamento, o que contradiz completamente o relato apresentado pelo padrasto.
O avô da criança, Israel Carvalho, afirmou que o comportamento de Mikael perto do padrasto sempre chamou a atenção da família.
“Quando ele vinha pra cá pra casa com a minha enteada, o Mikael se escondia. Ele corria, ele não ficava um minuto perto dele. Então ali eu já tinha aquela pequena desconfiança”, contou.
Apesar das evidências apontadas pela perícia, Júnior se apresentou à delegacia acompanhado de um advogado e não foi preso. Segundo a família, ele chegou a enviar mensagens para a avó do menino afirmando ser inocente.
Enquanto aguardam a conclusão do laudo oficial da morte, que ainda não foi divulgado, os familiares vivem entre o luto e a esperança de que o caso não fique impune. “Eu quero esclarecimentos, eu quero é justiça. Eu quero que Micael seja justiçado, porque ele era uma criança indefesa.”, afirmou a avó.
O Portal Difusora News solicitou nota à Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA) com informações sobre a investigação do caso, mas até a publicação desta matéria, o órgão não havia respondido a solicitação.