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Ex-diretor da PRF confirma blitz para fiscalização de ônibus na eleição de 2022 no Nordeste, mas nega viés político

1ª Turma do STF começou a ouvir as testemunhas de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, acusado de integrar trama golpista do governo Bolsonaro.

O ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura confirmou que a corporação recebeu ordens para a realização de blitz de fiscalização em ônibus na Região Nordeste com eleitores no domingo do segundo turno da eleição presidencial de 2022. Contudo, Moura negou que a ação tivesse viés político, como acredita a acusação.

A confirmação se deu em depoimento prestado à 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta terça-feira (27). Os magistrados começaram a ouvir as testemunhas de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal acusado de participar de trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na noite anterior ao domingo de votação, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época do ocorrido, determinou a interrupção na fiscalização do transporte de eleitores, após notícias de que haveria atuação política da PRF nas intervenções, com a retenção de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, adversário de Bolsonaro, postulante à reeleição.

As suspeitas foram levantadas em um cenário no qual o candidato petista liderava as pesquisas de intenção de voto no Nordeste. Apesar da determinação de Moraes, as blitze seguiram acontecendo. Questionado por que descumpriu a ordem judicial, o ex-diretor de Operações da PRF disse que o entendimento da corporação foi de que a fiscalização do transporte deveria ser interrompida, mas que as fiscalizações relativas a violações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) poderiam continuar. 

“Essa operação estava programada e planejada bem antes da decisão de Vossa Excelência”, respondeu Moura ao ministro. Ele disse que a fiscalização tinha o objetivo de cumprir decisão do STF para garantir o transporte regular de eleitores. “Mas em nenhum momento houve preocupação com o transporte de eleitores. Em mais de 60% dos veículos fiscalizados, não se levou mais de 15 minutos para que os veículos fossem liberados”, complementou.

O ex-diretor da PRF confirmou ainda a realização de reuniões, na semana anterior ao domingo de votação, em que no Ministério da Justiça, sob o comando de Anderson Torres, em que houve “um pedido do então ministro para que as instituições colocassem o máximo de efetivo nas ruas”. Apesar disso, Moura negou “qualquer tipo de direcionamento (político)” nesses encontros.

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