O Delegado Diego Frota, da Polícia Federal (PF), informou em vídeo mais detalhes sobre a nova etapa da Operação Ancórnia, realizada na manhã desta quarta-feira (26). As investigações apontaram que mais de 250 maranhenses migraram ilegalmente para os Estados Unidos com o apoio desse esquema criminoso, incluindo pelo menos 80 crianças e adolescentes.
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De acordo com o delegado, havia uma grande estrutura por trás dos deslocamentos, que envolvia brasileiros, americanos e mexicanos. De acordo com ele, os criminosos estavam organizados em cinco núcleos, cada um responsável por uma parte específica da migração ilegal:
- Primeiro núcleo: principais líderes da organização criminosa, responsáveis pelo financiamento do esquema;
- Segundo núcleo: grupo voltado para a logística, responsável pela aquisição de passagens, falsificação de documentos, vistos e elaboração de roteiros turísticos utilizados para subsidiar a narrativa de viagens turísticas dos imigrantes;
- Terceiro núcleo: doleiros responsáveis por obter o dinheiro para pagar os “coiotes” mexicanos;
- Quarto núcleo: braço mexicano da organização criminosa, responsável pela recepção dos migrantes em solo mexicano e providenciar a entrada das vítimas nos Estados Unidos.
- Quinto núcleo: braço da organização criminosa nos Estados Unidos, formado por brasileiros que ingressaram no país de forma ilegal anteriormente e cobravam os valores devidos pelas vítimas aos “coiotes”.
Além disso, Frota explica que eram cobrados altos valores das vítimas, chegando a aproximadamente R$ 120 mil reis por casal. Parte do esquema criminoso também girava em torno de empréstimos para aqueles que não pudessem pagar imediatamente os valores. O grupo cobrava juros elevados e pedia bens como garantias.
Confira abaixo o vídeo divulgado pela Polícia Federal com o detalhamento da operação: