As canetas emagrecedoras têm ganhado popularidade como uma solução prática para quem busca perder peso. Esses dispositivos são usados para aplicar medicamentos que ajudam no controle do apetite e na queima de gordura. No entanto, especialistas alertam que o uso desses produtos exige cuidados e acompanhamento médico.
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A professora do curso de Farmácia de uma universidade particular, Elisângela Motta, explica que esses medicamentos foram originalmente desenvolvidos para tratar a diabetes tipo 2. “Eles agem sobre os hormônios intestinais relacionados à sensação de saciedade e ao controle glicêmico. Desde a aprovação do primeiro desses medicamentos, o Victoza®, pelo FDA (Food and Drug Administration) em 2010, nos Estados Unidos, essa classe se consolidou como uma das abordagens mais eficazes no controle do diabetes e da obesidade”, afirma.
As canetas emagrecedoras contêm substâncias como semaglutida e liraglutida, que imitam o hormônio GLP-1, responsável por avisar o cérebro quando estamos satisfeitos após as refeições. Outro medicamento, a tirzepatida, age tanto no GLP-1 quanto no hormônio GIP, que também ajuda a reduzir a fome.
No entanto, o uso desses medicamentos sem orientação médica pode trazer riscos à saúde. Elisângela alerta para possíveis efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, constipação, diarreia, dor abdominal, fadiga, tonturas, hipoglicemia, reações no local da injeção e dor de cabeça. “É importante discutir com o seu médico os potenciais benefícios e riscos. Esse profissional considerará seu histórico médico, condições de saúde atuais e medicamentos em uso para avaliar se o tratamento é adequado para você”, orienta.
Além disso, especialistas reforçam que as canetas emagrecedoras não são uma solução mágica. Elas devem ser usadas como parte de um tratamento que inclui alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos. A busca por resultados rápidos sem acompanhamento profissional pode comprometer a saúde e trazer consequências indesejadas.