O sucesso The Last of Us foi renovado para uma nova temporada pela plataforma de streaming HBO Max. Adaptação da série homônima de games, o segundo ano do drama foi encomendado após apenas dois episódios lançados na plataforma.

The Last of Us vem se destacando pelos recordes de audiência – com índices superiores às estreias das febres A Casa do Dragão e Euforia (também da rede HBO) – e pela boa recepção da crítica e dos fãs.

Famoso site de avaliação, o Rotten Tomatoes a tem com 97% de aprovação. Já os cultistas dos jogos se deleitam com a fidelidade ao original, sem liberdades criativas ou modificações expressivas no enredo.

Até The Last of Us, não era como costumava ser para os games na TV e no cinema: tais adaptações possuem histórico negativo forte, tanto na indústria, quanto para com fãs. Por trás da intenção em fazer do jogo um filme, costumava faltar contadores de histórias competentes.

The Last of Us aposta na fidelidade com os games, para o deleite dos gamers.

Os fiascos mais recentes foram inspirados na saga Resident Evil – o filme Bem-Vindo a Racoon City (2021), apesar de maior fidelidade aos jogos que os filmes estrelados por Milla Jovovich, desagradou a crítica e o público gamer. As inspirações de renome do roteirista e diretor Johannes Roberts, clássicos como Halloween e A Bruma Assassina, também foram insuficientes.

Pouco tempo depois, a Netflix propôs uma versão em série com recepção ainda pior do público.

Na TV, Mortal Kombat se tornou a série Conquest em 1998, exibida nas tardes do SBT. Entretanto, a produção padeceu no camp (à la Power Rangers, sem o apelo infantil) e é marcada na história da saga como um momento que os fãs preferem esquecer.

No cinema, longas como Alone in the Dark (2003) e Doom: A Porta do Inferno (2005) também não emplacaram boas tramas, sempre figurando em rankings de piores adaptações de games. A própria saga cinemática de Resident Evil, apesar de ter conquistado base sólida de entusiastas, tirou nota vermelha em todos os seus capítulos em meio à crítica especializada.

O “troféu” de pior avaliado, porém, vai para House of the Dead: O Filme (2002). Inspirado nos games de mesmo nome, esse horror confuso foi listado entre os piores filmes dos anos 2000, também pelo Rotten Tomatoes. De tão negativa, a avaliação da crítica fez cinemas dinamarqueses se recusarem a exibir o filme.

Como veredicto, a revista Time elegeu House of the Dead entre os dez piores de games de todos os tempos, em 2009.

Diferenciada, The Last of Us pode vir a inspirar bons contadores de histórias da indústria (como os seus) a buscar inspirações em games, bem como prever um novo alvorecer para produções do gênero, na TV ou no cinema.

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