A empresa em que trabalhava o vigilante que matou uma técnica de enfermagem em uma unidade de saúde, será investigada e pode ser responsabilizada por omissão, segundo a delegada chefe do Departamento de Feminicídios, Wanda Moura.
O vigilante, identificado como Hilton Abreu, matou a tiros a técnica de enfermagem Jeane Farias Fonseca, na última segunda-feira (14). O crime ocorreu em uma unidade de saúde localizada no bairro Coroadinho, em São Luís. Após assassinar Jeane, Hilton atirou contra si mesmo, morrendo também no local.
Possível responsabilidade da empresa
De acordo com a delegada Wanda Moura, o inquérito policial do caso revelou que outros funcionários da unidade de saúde relataram que o homem já apresentava sinais de depressão dias antes do crime.
“Desde quinta-feira passada o autor do crime já apresentava sinais de depressão e todos estavam meio amedrontados com a presença dele ali. Ele estaria falando em suicídio, perguntando se algo acontecesse com ele, se a família dele seria respaldada. Os vigilantes comunicaram esse fato para o inspetor da empresa, que pelo jeito nenhuma providência tomou”, destacou a delegada.
Durante as investigações, os responsáveis pela empresa que o vigilante trabalhava serão intimados pelo departamento de feminicídio, afirmou Wanda Moura.
“Vamos investigar a responsabilidade da empresa na omissão em não ter tomado nenhuma medida para afastar o vigilante da empresa e também para retirar qualquer arma daquela pessoa”, pontuou
Crime
Segundo informações do 42º Batalhão da Polícia Militar, testemunhas relataram que o agressor teria um interesse pela vítima. Porém não foi correspondido, o que pode ter sido a motivação para o crime.
“As informações iniciais que nós temos é que ele teria um interesse e que ele sofria de algum tipo de transtorno, uma depressão, alguma coisa dessa natureza”, relatou o major Berredo, comandante do 42º Batalhão da Polícia Militar.
Em nota, enviada ao Portal Difusora News na segunda-feira (14) a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil (PC-MA) fez levantamentos, colhendo informações que possam esclarecer as circunstâncias e as motivações do crime.