Grupo mapeia perfil de mães da UFMA para desenvolver políticas de permanência

Um relatório divulgado nesta segunda-feira (10) reúne dados sobre o perfil das mães e pessoas que gestam da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A pesquisa levou em conta 510 respostas obtidas em questionário aplicado em todos os campi e centros acadêmicos da instituição.

O levantamento resultou na criação do Grupo de Trabalho (GT) Acolher, voltado para a elaboração de projetos específicos voltados para o público-alvo. As informações coletadas poderão ser utilizadas em pesquisas, prestações de contas à sociedade e como referência oficial para canais internos e externos da UFMA. Além disso os dados servirão de embasamento para a formulação de políticas institucionais relacionadas à realidade materna na universidade.

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De acordo com o relatório, embora não estejam contempladas todas as pessoas com filhos na instituição, o questionário foi respondido de forma voluntária, o que mostra a demanda real e políticas voltadas para as mães na universidade.

Perfil

Segundo o levantamento, a maioria dos respondentes se declaram pardos (49,7%), seguidos por brancos (30,8%), pretos (17,7%), amarelos (1%) e indígenas (0,8%).

Outro dado relevante é o de pessoas com filhos com deficiência. Cerca de 11% do total de respondentes disse ter pelo menos um filho com deficiência. Dentre estes, 71% indicou que o filho possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). O relatório destaca que pessoas com TEA podem exigir necessidades educativas múltiplas devido a possibilidade de multideficiências: intelectual, sensorial e de comunicação.

Entre estudantes da graduação, 42% das respondentes afirmaram exercer a maternidade solo. A quantidade total de mães que afirmou não ter uma rede de apoio foi de 53%. Entre todas as respostas, o percentual de mães que precisam levar os filhos à UFMA eventual ou diariamente foi de 41%, enquanto apenas 20% disseram que não levariam os filhos à universidade.

Demandas

O GT afirma que as estatísticas revelam a necessidade da discussão e elaboração de políticas que permitam com que o ambiente universitário seja acolhedor a estas pessoas.

O questionário apontou que a principal demanda está relacionada à criação de uma infraestrutura para acolhimento de mães e lactantes. A afirmação levou em conta as seguintes demandas do público respondente:

Sala de amamentação: 78%

Trocador: 72%

Geladeira: 59%

Microondas: 56%

Creche: 11%

Agora, o objetivo do GT Acolher é trabalhar em busca de soluções aos problemas encontrados. Por isso, a união de docentes, técnicas-administrativas e estudantes das graduações e pós-graduações é celebrada pelo grupo.

afirma Brenda Soares, doutoranda em Políticas Públicas e representante do Coletivo Mães da UFMA

Com a implementação do GT, sem dúvidas conseguiremos avançar no que diz respeito ao combate a uma das maiores causas de retenção e evasão escolar das mulheres: a falta de apoio quando se tornam mães. Como estudante e também mãe, fico muito feliz e grata com a iniciativa.

Tags: estatística, levantamento, mães, pesquisa, ufma