A educação profissionalizante é a modalidade de ensino mais recomendada no Brasil, indicada por mais de 90% dos brasileiros. Em algumas áreas, as profissões técnicas podem remunerar até mais do que formações de ensino superior.
Dos quarenta alunos de uma turma de mecatrônica em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, ao menos 32 devem conseguir um emprego na área, logo após se formarem. O estudante Leôny de Castro Néri, que está no 3º semestre, espera estar entre eles. “Terminando aqui já temos uma expectativa grande de terminar o ano já dentro do mercado, atuando em indústrias”, disse.
Oito em cada dez estudantes do ensino técnico são contratados ao terminarem o curso. Esse é um dos fatores que, segundo um levantamento da Confederação Nacional da Indústria, faz com que o ensino técnico seja recomendado por 91% dos brasileiros. Entre quem já se formou ou ainda estuda, o índice chega a 97%.
No Brasil, durante muito tempo, fazer faculdade era visto como o principal caminho para construir uma carreira. Hoje, a realidade é diferente. Quem tem o ensino técnico, geralmente, entra no mercado de trabalho com mais facilidade e consegue uma remuneração normalmente maior do que a de quem fez apenas o ensino médio tradicional. Apesar disso, o país está longe de cumprir a meta de oferta de vagas na formação profissional, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE).
De acordo com o PNE, até 2024, o Brasil deve ter 4,8 milhões mil estudantes matriculados no ensino profissionalizante. Até 2022, tinha menos da metade: 2, 15 milhões.
Para o diretor nacional de operações do Senai, Gustavo Leal, aumentar a oferta de vagas passa pela criação de uma política pública de incentivo e reestruturação do ensino médio, pode ser o momento ideal para isso.
“O importante é prepararmos as escolas do ensino médio para que elas possam oferecer uma boa alternativa de cursos técnicos. O país precisa se mobilizar para que nós possamos pensar em atingir as metas do PNE”, afirmou Leal.
Fonte: SBT News
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