Nos três primeiros meses de 2023, o Brasil registrou uma taxa de inflação de 2,01%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta 6ª feira (24.mar). Em 12 meses, a taxa acumulada do IPCA-15 é de 5,36%.
A prévia do índice registrou 0,69% em março, taxa inferior em comparação a fevereiro, quando o valor foi 0,76%. De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado, principalmente, pela alta de 5,76% da gasolina. Além disso, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços na prévia deste mês, com destaque para transportes, que apresentou uma taxa inflacionária de 1,50%.
Na sequência, aparecem os setores de saúde e cuidados pessoais (1,18%) e habitação (0,81%). No primeiro grupo, o principal impacto veio dos perfumes (5,88%), e em habitação, o maior responsável pelo resultado foi a alta do valor da energia elétrica residencial (2,85%). A sequência continua com comunicação (0,75%), despesas pessoais (0,28%), alimentação e bebidas (0,20%), vestuário (0,11%) e educação (0,08).
Apesar do aumento em alimentação e bebidas, a taxa é menor em relação a prévia de fevereiro, que apresentou aumento de 0,39%. Os responsáveis pela queda no índice deste grupo são a batata-inglesa (-13,14%), tomate (-6,34%), cebola (-12,13%), óleo de soja (-2,47%), contrafilé (-2,04%) e frango em pedaços (-1,94%).
Artigos de residência foi o único grupo que apresentou deflação de 0,18%.
Entenda o que é o IPCA-15
- O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) é considerado a prévia da inflação do país;
- O IPCA-15, assim como o IPCA, tem como objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo e consumidos pelas famílias brasileiras;
- O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos;
- Ele abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia;
- O IPCA-15 utiliza a mesma metodologia do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços, que vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual, e na abrangência geográfica.
Fonte: SBT News