No mês de julho, o Pix bateu recorde com 224 milhões de transações, 220 milhões em apenas 24 horas, segundo o Banco Central. Mas em meio a este cenário de facilidade, golpistas podem se aproveitar para aplicarem fraudes em vítimas, com o famoso golpe do “Pix errado”.
O Difusora News explica como funciona o golpe e como evitar cair nesta cilada.
O golpe funciona da seguinte maneira, se a chave Pix for o número de celular, o golpista tem mais acesso para realizar uma transferência. em seguida, entra em contato com a possível vítima, seja por ligação ou mensagem pelo WhatsApp, e tenta convencê-la de que realizou uma transação por engano, para o suposto beneficiário devolver o dinheiro.
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Um usuário da rede social “X” (antigo Twitter), relata que a mãe teve R$ 600 depositados em sua conta bancária, “Estava precisando receber um dinheiro para pagar o aluguel, mas o rapaz mandou no número errado. Você pode transferir aqui para mim?”, diz o golpista. É intuitivo tentar descobrir se a ação se trata de um golpe checando o extrato bancário, o erro que leva ao engano da vítima, é se o dinheiro realmente estiver na conta.
Além disso, os golpistas utilizam o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar as devoluções em caso de fraudes, aumentando as possibilidades de a vítima reaver os recursos. Mas os criminosos acionam o procedimento alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima. A transação é analisada, entretanto, os bancos envolvidos percebem a irregularidade entre as contas, e logo entendem como prática de golpe.
O Banco Central orienta que basta acessar no aplicativo a transação que você quer ter acesso, e o banco estorna o valor recebido para a conta que originou o Pix inicial. Ainda explica não haver normas do BC ou do CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre devoluções em caso de engano ou erro do pagador, mas o Código Penal, de 1940, trata sobre a apropriação indébita.
Saiba mais
Em junho, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) anunciou que sugeriu ao BC uma melhoria no MED, para bloqueio de dinheiro fruto na conta que recebeu o recurso, que pode ser zerada pelos golpistas. Com o MED 2.0, o rastreio e bloqueio passarão a ter mais chamadas. O desenvolvimento dessa segunda versão, acontecerá ao decorrer de 2024 e 2025, e a implantação será em 2026.
Tags: Banco Central, golpe, pix