
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de menor renda e costuma reajustar salários, fechou fevereiro com alta de 1,48%. Esse é o maior resultado para o mês desde 2003 (1,46%) e o maior índice geral desde março de 2022 (1,71%). Em 12 meses, o INPC acumula 4,87%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A alta de fevereiro foi impulsionada principalmente pelo aumento de 16,96% na conta de luz, após o fim do Bônus Itaipu, que concedeu desconto em janeiro. Com isso, o grupo habitação – que inclui energia elétrica – subiu 4,79%, impactando o INPC em 0,79 ponto percentual (p.p.). Em janeiro, o índice havia ficado estável (0%), graças ao desconto temporário.
Os preços dos alimentos subiram 0,75% em fevereiro, uma desaceleração em relação a janeiro (0,99%). No entanto, o grupo alimentação e bebidas ainda impactou o INPC em 0,19 p.p., refletindo o peso maior que esses itens têm no orçamento das famílias de menor renda.
Outros grupos que pressionaram o índice foram:
– Transportes: alta de 1,11% (impacto de 0,22 p.p.)
– Educação: alta de 4,45% (impacto de 0,19 p.p.)
– Saúde e cuidados pessoais: alta de 0,54% (impacto de 0,06 p.p.)
– Artigos de residência: alta de 0,44% (impacto de 0,02 p.p.)
Já o grupo vestuário registrou queda de 0,07%, com impacto negativo de 0,01 p.p.
A coleta do INPC foi realizada nas regiões metropolitanas de São Luís, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco e Aracaju. O índice dá maior peso a itens como alimentos (25% do total), que têm impacto maior no orçamento das famílias de baixa renda.
Fonte: Agência Brasil
Tags: conta de energia, Economia, inflação