A inadimplência voltou a cair no mês de julho e atinge agora 66,11 milhões de brasileiros – no mês de junho eram 66,65 milhões de pessoas no país com compromissos financeiros em atraso. O Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,51%) estavam negativados em julho deste ano, quando o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 6,79% em relação ao mesmo período de 2022.
“A queda na estimativa geral do número de inadimplentes pelo segundo mês seguido e o cenário econômico do país sugerem que essa será uma tendência nos próximos meses. Temos hoje uma dinâmica mais favorável no preço dos alimentos e no câmbio, uma inflação mais controlada e taxa de juros em queda, além do Programa Desenrola Brasil. Todos esses fatores favorecem a diminuição da inadimplência e melhoria do consumo”, analisa o presidente da CNDL, José César da Costa.
Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em junho deste ano ficou abaixo da verificada no mês anterior. Na passagem de junho para julho, o número de devedores cresceu 0,16% no recorte da base de dados acima.
A maior concentração de novos devedores ficou com o grupo daqueles que têm dívidas entre 1 e 3 anos: foram 21,95%.
No recorte por faixa etária, os brasileiros entre 30 e 39 anos foram os mais envolvidos entre os devedores, com 23,73% do total. São 16,38 milhões de pessoas registradas em cadastro nesta faixa. É quase metade (48,03%) dos brasileiros desta faixa de idade negativada: 48,03%.
Homens e mulheres têm participações muito próximas entre os inadimplentes: 51,09% são mulheres e 48,91% são homens.
Quanto
Cada consumidor que teve o nome negativado em julho deste ano devia , em média, R$ 4.101,53 na soma das dívidas. O cálculo do número de credores de cada pessoa inadimplente é de 2,06 empresas em média.
Três em cada dez consumidores tinham dívidas de até R$ 500,00: 31,42%. Já com valor de até R$ 1.000,00 o percentual sobe paraq 45,57%.
Setores
As dívidas com o setor de Água e Luz tiveram crescimento de 30,14% em julho. Na sequência, aparecem os compromissos não saldados com bancos, com 19,21%. Já contas com o setor de Comunicação caíram 12,33%; com o Comércio, queda de 1,43%.
Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 62,67% do total. Na sequência, aparece Água e Luz com 12,24%, o setor de Comércio com 11,42% e Outros tem 6,86% do total de dívidas.
Desenrola
“Ainda é cedo para medir os efeitos do Programa Desenrola na base de inadimplentes, já que ele passou a valer efetivamente para os consumidores a partir da segunda quinzena do mês de julho. De qualquer forma, é esperado um número maior de pessoas deixando o cadastro de inadimplentes nos próximos meses”, aponta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.
“Para aqueles que desejam negociar suas dívidas e participar do Programa Desenrola é importante avaliar e fazer um levantamento completo do valor de todas as contas em atraso, se programar e planejar o acordo para evitar a reincidência das dívidas. E para não cair em golpes, o consumidor deve ficar atento a links e ligações. Os bancos e o aplicativo do SPC são locais seguros para fazer as negociações” – Merula Borges, especialista em finanças da CNDL
Fonte: SBT News
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