A Americanas foi excluída de todos os índices da B3, a bolsa de valores de São Paulo, após pedir recuperação judicial. Para o consumidor, a principal dúvida é se haverá aumento de preço e queda na qualidade do serviço.
Segundo o Procon, ainda não há motivo para se preocupar, e até o momento não houve aumento nas queixas. “A gente fechou um entendimento que hoje é seguro pro consumidor continuar comprando na Americanas”, afirma Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP.
O Procon vai nesses próximos 15 dias monitorar a empresa mais de perto, verificando as reclamações que estão entrando, bem como monitorar todas as redes sociais, que é o campo mais imediato, onde costuma ser a principal percepção de mudança de comportamento da empresa.
Em breve vai chegar o maior teste do ano, que é a Páscoa, considerada uma espécie de “Black Friday” para a empresa. A Americanas é a varejista que mais vende ovos de páscoa em todo o mundo, e a possibilidade do aumento do preço do chocolate foi um dos argumentos que a empresa usou para conseguir da Justiça a aceitação do pedido de recuperação judicial.
“Se os fornecedores estão cobrando à vista ou estão cobrando mais caro, isso pode repercutir em preços mais altos, mas tem um limite também pra isso, porque se aumentar muito o preço, o volume de vendas pode cair, então talvez a empresa tenha que reduzir a margem de lucro”, diz Ulisse Ruiz de Gamboa, professor de economia do Insper.
Fonte: SBT News