Os custos agregados do Governo Federal cresceram 14% (R$ 344,6 bilhões) em 2022, acima do IPCA médio do ano, que variou 9,28%. É o que informa no Boletim Semestral Foco em Custos do 2º semestre de 2022, publicado nesta 2ª feira (27.mar) pelo Tesouro Nacional.
O órgão aponta que o crescimento dos custos é explicado principalmente pelos aumentos de 83,3% (R$ 60,1 bilhões) com Sentenças Judiciais e de 26,9% (R$ 181,7 bilhões) em Custos Financeiros.
Aumentos
O aumento de 83,3% em Sentenças Judiciais decorreu dos seguintes crescimentos:
- Precatórios de Serviços: 139,4% (R$ 46,8 bilhões)
- Precatórios de Remuneração de Pessoal: 82,8% (7,2 bilhões)
- Precatórios de Outros Benefícios Assistenciais: 25,5% (R$ 3,6 bilhões)
- Precatórios de Aposentadorias e Reformas: 15,8% (2,2 bilhões)
Já a variação em Custos Financeiros é explicada, segundo o Tesouro, pela elevação de 52,8% (R$ 171,6 bilhões) no item Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos.
Esse aumento ocorreu principalmente na Dívida Mobiliária Federal interna em razão da elevação da taxa SELIC, que foi de 9,25% a 13,75% ao ano, ao longo de 2022. O que impactou a rentabilidade dos títulos Tesouro Selic (LFT), que possuem esse indexador, informa o Tesouro.
Além dos gastos com Sentenças Judiciais e Custos Financeiros, a rubrica Custos Agregados inclui também despesas com:
- Operação e Manutenção (mão de obra e Funcionamento), que variaram 1,9% no ano (R$ 5,3 bilhões)
- Previdenciárias e Assistenciais, que aumentaram 5,4% (R$ 65,5 bilhões)
- Transferências e Delegações, que subiram 15,6% (R$ 26,9 bilhões
- Demais custos, que apresentou elevação de 9,5% (R$ 5,1 bilhões)
Foco em Custos
Segundo o Tesouro Nacional, o boletim Foco em Custos é uma publicação semestral do órgão com ênfase nos custos públicos da União, que buscam evidenciar a relação entre o consumo de recursos e os serviços prestados à sociedade.
“Sua divulgação faz parte do esforço do Tesouro Nacional de oferecer à sociedade instrumentos de transparência sobre o uso dos recursos públicos, bem como incentivar entre os gestores governamentais o uso da informação de custos de forma alinhada às melhores práticas de governança pública”, informa o Tesouro.
Fonte: SBT News
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