Banco Central define taxa de juros nesta quarta-feira (22)

O Banco Central bate o martelo sobre a taxa de juros e a decisão será anunciada no início da noite desta quarta-feira (22). Os economistas do BC, que integram o Comitê de Política Monetária (Copom) devem manter a Selic em 13,75% ao ano, o índice mais alto desde 2016. A decisão contraria o governo e o mercado financeiro que fazem intensa pressão para que os juros caiam, mas o BC argumenta que é preciso manter a taxa elevada, para conter o avanço da inflação.

Com os juros elevados, o crédito fica mais caro e o consumo cai, o que impede que a indústria e o comércio aumentem os preços. Essa é a lógica que o BC defende, para manter a inflação sob controle. O governo e a iniciativa privada pensam o contrário. Separemos trechos de falas de autoridades e economistas que defendem a queda nas taxas. Confira abaixo:


“Eu vou continuar batendo. Eu vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros, para que a economia possa ter investimento”. Presidente Lula.


“Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, num momento em que a economia brasileira pode e deve decolar”. Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

“Esta não é uma boa explicação para as pornográficas taxas de juros que praticamos. Se não abaixarmos, de nada adiantará fazermos políticas industriais”. Josué Gomes, presidente da Fiesp, a respeito do argumento de que a Selic está ligada a um problema fiscal. 

“De fato, são chocantes os números de 13,75% ou de 8% em termos reais”. Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001.

“Não há nada que justifique ter 8% de taxa de juros real, acima da inflação, quando não há demanda explodindo e, de outro lado, no mundo inteiro, há praticamente juros negativos”. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio.

Fonte: SBT News

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