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Dez pessoas são resgatadas em situação de escravidão em fazendas e comunidade terapêutica no MA

Trabalhadores de fazendas e comunidade terapêutica viviam sem salário e em condições degradantes; operação fiscalizou três municípios.

Dez pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão durante uma operação realizada entre 15 de setembro e 10 de outubro nos municípios de Monção, Pinheiro e Imperatriz, no interior do Maranhão. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPMA), os trabalhadores atuavam sem remuneração e em situações precárias, sem acesso a direitos trabalhistas básicos.

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A ação foi coordenada pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, com apoio da Polícia Federal e da Defensoria Pública da União (DPU), e fiscalizou oito propriedades rurais e uma comunidade terapêutica no estado.

Situação crítica em Monção e Pinheiro

Em Monção, um vaqueiro que atuava há 15 anos em uma fazenda de pecuária informal vivia com a família em uma casa de taipa sem banheiro, sem acesso a FGTS, 13º salário ou férias. Após a fiscalização, o empregador pagou R$ 65.952,88 em rescisão retroativa e R$ 10 mil por danos morais, além de garantir o seguro-desemprego ao trabalhador, que deverá ser pago em três parcelas no valor de um salário mínimo cada.

Foto: divulgação/ MPT-MA

Na Baixada Maranhense, em Pinheiro, outro vaqueiro não recebia salário desde 2012 em uma fazenda de criação de búfalos. A residência da vítima desmoronou recentemente, e ele passou a morar de favor na casa de um conhecido de uma fazenda vizinha. A casa em que ocupava não possuía banheiro e nem água potável.

O empregador ainda não quitou as verbas rescisórias, mesmo após ter firmado termo de ajustamento com o MPT e a DPU, e o trabalhador não pôde ser habilitado para receber o seguro-desemprego devido à falta de documentação.

Foto: divulgação/ MPT-MA

Exploração de acolhidos em Imperatriz

Em Imperatriz, oito pessoas foram resgatadas de uma comunidade terapêutica para dependentes químicos, onde eram obrigadas a realizar todas as tarefas do local, incluindo limpeza, preparo de alimentos e obras na construção da nova sede. Os documentos pessoais eram retidos, o contato com familiares era restrito, e não havia supervisão técnica para tratamento dos acolhidos.

O Grupo de Fiscalização constatou que a propriedade era um centro de acolhimento a dependentes químicos em que famílias pagavam um valor mensal de R$ 300 para o tratamento de parentes.

As instalações da sede foram encontradas em estado crítico com dormitórios e banheiros precários, além de ausência de filtro para a retirada das impurezas da água e instalações elétricas inseguras.

O responsável pelo espaço firmou termo de ajustamento de conduta com o MPT e se comprometeu a pagar mais de R$ 56 mil em verbas rescisórias de forma parcelada. As vítimas foram cadastradas no CadÚnico e habilitadas a receber três parcelas do seguro-desemprego.

Foto: divulgação/ MPT-MA

Resgates no Maranhão em 2025

Com as dez pessoas resgatadas nesta operação, sobe para 61 o número de trabalhadores retirados de situações análogas à escravidão no Maranhão neste ano. A Operação Resgate V é realizada em todo o país e envolve, além do MTE, o MPT, a Polícia Federal e a Defensoria Pública da União (DPU). A ação tem como objetivo combater o trabalho análogo à escravidão e garantir a reintegração social das vítimas.

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