O setor público, que inclui União, Estados, municípios e empresas estatais, registrou um valor de R$ 104 bilhões para o superávit primário — valor que “sobra” nas contas públicas após o governo pagar despesas — relativo ao mês de Janeiro, um montante maior se comparado ao mesmo mês do ano passado. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central (BC).
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O Governo Central, que é composto pelas entidades do Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central, teve um superávit de R$ 83 bilhões, enquanto os governos regionais apresentaram R$ 22 bilhões. Empresas estatais tiveram um pequeno recuo.
Nos últimos 12 meses houve um déficit primário relativamente pequeno em relação do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Os juros nominais, que não consideram a inflação, totalizaram R$ 40 bilhões em janeiro, revelando uma queda em relação ao ano passado.
Uma das explicações para isto se deve ao ganho das operações do swap cambial (troca de taxas entre instituições), com um desempenho positivo notável se comparado ao ano anterior, que teve perdas consideráveis.
No período de 12 meses, os juros nominais tiveram um aumento, considerando o valor do PIB como referência. Como resultado, o setor público consolidado teve um superávit nominal de R$ 64 bilhões em janeiro, com déficit nominal abaixo do registrado no final de 2024.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) se estabilizou em um patamar significativo do PIB, refletindo principalmente os efeitos de vários fatores, como o superávit primário, crescimento do PIB nominal e da valorização cambial. Por sua vez, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) caiu, influenciada principalmente por resgates líquidos de dívidas e outros fatores econômicos.