O consumo nos lares brasileiros caiu 4,25% em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro. O dado foi divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apesar da queda no mês, o consumo cresceu 2,25% em relação a fevereiro de 2023. No acumulado do primeiro bimestre de 2024, a alta é de 2,24%.
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O levantamento da Abras considera diversos formatos de lojas, como supermercados, atacarejos, hipermercados, minimercados, lojas de vizinhança e e-commerce. Os números são ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a Abras, o desempenho de fevereiro foi impactado pelos gastos típicos do início do ano, como pagamento de tributos, mensalidades escolares e transporte.
Cesta de produtos sobe 0,73%
O valor médio da cesta de 35 produtos de consumo essencial subiu 0,73% em fevereiro, passando de R$ 800,75 para R$ 806,61.
Entre os itens que mais aumentaram de preço, o destaque foi para os ovos, que subiram 15,39%. As regiões com maiores altas foram o Sul (+23,24%) e o Centro-Oeste (+20,76%). O café torrado e moído também registrou aumento expressivo de 10,77% no mês e acumula alta de 66,19% em 12 meses.
Já entre os produtos que ficaram mais baratos, estão o feijão (-3,33%), o óleo de soja (-1,98%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).
No setor de proteínas, a carne bovina (corte traseiro) teve uma leve queda de 0,14%, assim como o pernil (-0,41%). No entanto, o corte dianteiro da carne bovina subiu 1,17%, e o frango congelado, 0,37%.
Produtos de limpeza e higiene
Entre os produtos de limpeza, desinfetante (+0,96%), sabão em pó (+0,91%) e detergente líquido para louça (+0,90%) tiveram aumento de preço. No setor de higiene pessoal, o sabonete (-0,49%) e o xampu (-0,13%) ficaram mais baratos, enquanto o creme dental (+0,81%) e o papel higiênico (+0,08%) tiveram leve alta.
A Abras já havia alertado que o aumento do dólar em 2023 encareceria os insumos usados pela indústria, impactando os preços ao consumidor neste ano. Os repasses de custos já começaram a aparecer nos supermercados, refletindo nas compras das famílias.