O pedido formal foi enviado pelo Itamaraty em junho, contendo detalhes da condenação e fundamentação legal.
-dezembro 5, 2025
O pedido formal foi enviado pelo Itamaraty em junho, contendo detalhes da condenação e fundamentação legal.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida há dois meses, foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, enquanto tentava evitar o cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Zambelli, que possui dupla cidadania, deixou o Brasil duas semanas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, além de ser condenada a pagar R$ 2 milhões em danos coletivos.
Segundo investigação, Zambelli foi a autora intelectual da invasão, que teve Walter Delgatti como executor, ambos condenados. Ela teria planejado a operação para emitir um mandato falso contra Moraes. O governo brasileiro solicitou a extradição da parlamentar ao governo italiano, que decidirá, em breve, se ela permanecerá detida ou aguardará o processo em liberdade. O processo de extradição é demorado e depende de avaliação judicial na Itália.
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O pedido formal foi enviado pelo Itamaraty em junho, contendo detalhes da condenação e fundamentação legal. Moraes garantiu que, em caso de extradição, Zambelli não será submetida a prisão ou punições além das previstas, e que seus direitos serão respeitados.
A Câmara dos Deputados autorizou uma licença não remunerada de 127 dias para Zambelli, mas ela poderá perder o mandato caso não retorne às atividades parlamentares após o período. A cassação está sendo avaliada, mas ainda não foi deliberada.
A defesa da parlamentar afirmou que ela se entregou às autoridades italianas para colaborar e buscar julgamento imparcial. A Polícia Federal informou que a prisão foi resultado de trabalho conjunto com a polícia italiana e Interpol. Recentemente, outro condenado na Operação Lava Jato, Henrique Pizzolato, também foi extraditado após fuga para a Itália em 2015.