De janeiro a maio deste ano, 29 adolescentes entre 14 e 17 anos foram resgatados de condições análogas à escravidão pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do Ministério do Trabalho e Emprego. Destes, 86% se autodeclararam pretos ou pardos e 41% não haviam concluído o ensino fundamental no momento do resgate.
Ainda segundo os dados divulgados pelo Governo Federal nesta quarta-feira (14), no período, foram realizadas 97 ações fiscais de combate ao trabalho degradante, resultando no resgate de 1.201 trabalhadores. No ano passado, no mesmo período, foram 61 ações, tendo sido resgatados 500 trabalhadores pela Inspeção do Trabalho.
Das 97 ações realizadas este ano, 21 delas ocorreram em Minas Gerais, seguido de Goiás, com 11 e Rio Grande do Sul, com 7 ações fiscais ocorridas. Do total de 1.201 resgates, Goiás ficou em primeiro lugar, tendo sido resgatados pela fiscalização 372 pessoas em condições de escravidão moderna. Em seguida vieram Rio Grande do Sul, com 296 resgates e Minas Gerais e São Paulo, com 156 pessoas resgatadas.
É considerado trabalho realizado em condições análogas à escravidão qualquer emprego que resulte em submissão a tarefas forçadas, jornadas exaustivas, restrições de locomoção em razão de dívidas contraídas com os patrões ou quaisquer tipos de cerceamentos ao direito de ir e vir.
O cultivo de cana-de-açúcar foi onde ocorreu o maior resgate de trabalhadores (223), seguido das atividades de apoio à pecuária (212), o cultivo de uva (207) e a construção de estações elétricas (110).
Fonte: SBT News
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